Nessa semana, faremos nosso
trabalho de postagem de uma forma diferente. Falamos aqui sobre nossa
preocupação com a depressão na adolescência. Tivemos casos de alunos precisando
de ajuda e muitos precisam e não sabemos. Proponho que durante essa semana,
vocês façam um trabalho de observação. Tenham um olhar especial sobre os alunos
e, na semana que vem, retornem a essa postagem nos indicando o nome e turma dos
alunos que, por alguma razão, vocês suspeitem que possam estar tendo problemas
depressivos. Irei pegar todos esse alunos que vocês indicarem e formarei um
grupo com eles. Irei solicitar que esses alunos pesquisem sobre depressão e que
nos sugiram soluções de como melhorar esse tema dentro da escola. Será um tipo
de psicologia reversa, quem suspeitarmos de estar deprimido, estará ajudando na
busca de soluções.
Boa tarde, equipe!
ResponderExcluirÉ muito importante falar de depressão na adolescência, por se tratar de um período na vida do jovens, devido à fase de indecisões e incerteza, além das mudanças fisiológicas.
Sugiro ao grupo a polêmica série da Netflix, "13 Reasons Why". Segue a sinopse:
"a caixa de sapatos é enviada para Clay (Dylan Minnette) por Hannah (Katheriine Langford), sua amiga e paixão platônica secreta de escola. O jovem se surpreende ao ver o remetente, pois Hannah acabara de se suicidar. Dentro da caixa, há várias fitas cassete, onde a jovem lista os 13 motivos que a levaram a interromper sua vida".
Grande abraço, Silvia
Este comentário foi removido pelo autor.
ExcluirEsse é um assunto muito importante, milhares de pessoas, incluindo muitos jovens, sofrem muito com essa doença!
ResponderExcluirÉ necessário estar atento, falar sobre o assunto quando for necessário. Há muitos vídeos que podem esclarecer algumas dúvidas sobre o assunto. É importante incluir a família dos nossos alunos na abordagem desse tema, pois os pais dever estar atentos também.
Segue os links de alguns vídeos,que podem ajudar no assunto:
https://youtu.be/e-W52pEez20
https://youtu.be/09bRHdQvOcg
Depressão é uma doença crônica, recorrente, muitas vezes com alta concentração de casos na mesma família, que ocorre não só em adultos, mas também em crianças e adolescentes. O que caracteriza os quadros depressivos nessas faixas etárias é o estado de espírito persistentemente irritado, tristonho ou atormentado que compromete as relações familiares, as amizades e a performance escolar.
ResponderExcluirDe acordo com a “American Psychiatric Association”, um episódio de depressão é indicado pela presença de 5 ou mais dos seguintes sintomas, quase todos os dias, por um período de pelo menos duas semanas:
* Estado de espírito depressivo durante a maior parte do dia;
* Interesse ou prazer pela maioria das atividades claramente diminuídos;
* Diminuição do apetite, perda ou ganho significativo de peso na ausência de regime alimentar (variação de pelo menos 5% do peso);
* Insônia ou hipersônia;
* Agitação psicomotora ou apatia;
* Fadiga ou perda de energia;
* Sentimento exagerado de culpa ou de inutilidade;
* Diminuição da capacidade de concentração e de pensar com clareza;
* Pensamentos recorrentes de morte, ideação suicida ou qualquer tentativa de atentar contra a própria vida.
Na ausência de tratamento, os episódios de depressão duram em média oito meses. Durações mais longas, no entanto, podem ocorrer em casos associados a outras patologias psiquiátricas e em filhos de pais que também sofrem de depressão.
A doença é recorrente: para quem já apresentou um episódio de depressão a probabilidade de ter o segundo em dois anos é de 40%, e de 72% em 5 anos.
Em pelo menos 20% dos pacientes com depressão instalada na infância ou adolescência, existe o risco de surgirem distúrbios bipolares, nos quais fases de depressão se alternam com outras de mania, caracterizadas por euforia, agitação psicomotora, diminuição da necessidade de sono, idéias de grandeza e comportamentos de risco.
Antes da puberdade, o risco de apresentar depressão é o mesmo para meninos ou meninas. Mais tarde, ele se torna duas vezes maior no sexo feminino. A prevalência da enfermidade é alta: depressão está presente em 1% das crianças e em 5% dos adolescentes.
Ter um dos pais com depressão aumenta de 2 a 4 vezes o risco da criança. O quadro é mais comum entre portadores de doenças crônicas como diabetes, epilepsia ou depois de acontecimentos estressantes como a perda de um ente querido. Negligência dos pais e/ou violência sofrida na primeira infância também aumentam o risco.
É muito difícil tratar depressão em adolescentes sem os pais estarem esclarecidos sobre a natureza da enfermidade, seus sintomas, causas, provável evolução e as opções medicamentosas.
Uma vez que a resposta clínica tenha sido obtida, o tratamento deve ser mantido por seis meses, no mínimo, para evitar recaídas.
A terapia comportamental mostrou eficácia em ensaios clínicos e parece dar resultados melhores do que outras formas de psicoterapia.
Por meio dela, os especialistas procuram ensinar aos pacientes como encontrar prazer em atividades rotineiras, melhorar as relações interpessoais, identificar e modificar padrões cognitivos que conduzem à depressão.
Outro tipo de psicoterapia eficaz em ensaios clínicos é conhecida como terapia interpessoal. Nela, os pacientes aprendem a lidar com dificuldades pessoais como a perda de relacionamentos, decepções e frustrações da vida cotidiana. O tratamento psicoterápico deve ser mantido por seis meses, no mínimo.
Como o abuso de drogas psicoativas e o sucídio são consequências possíveis de quadros depressivos, os familiares devem estar atentos e encaminhar os doentes a serviços especializados assim que surgirem os primeiros indícios de que esses problemas possam estar presentes.
Revisado em 08/08/2016.
Texto adaptado de: https://drauziovarella.com.br/drauzio/depressao-na-adolescencia/
Há algum tempo venho observando uma aluna do primeiro ano. Esta semana, vou observá-la com mais cuidado.
ResponderExcluirVários comportamentos relacionados à depressão podem ocorrer em algum momento da adolescência. Por isso, os especialistas esclarecem que é preciso considerar a intensidade e a frequência desses sinais e analisá-los dentro de um contexto mais amplo, avaliando o contexto geral do adolescente.
ResponderExcluirNesta semana, realizei uma atividade de conscientização e debate sobre depressão e bullying com as turmas. Alguns alunos revelaram ter não só depressão, mas também problemas relacionados à automutilação e distúrbios alimentares. De fato, há vários alunos precisando do apoio da escola, de atenção dos pais e, principalmente, de tratamento. Passei trechos da série "13 porquês " e conversamos sobre fatores que podem levar à depressão e o que podemos fazer para ajudar quem está nesta situação.
ResponderExcluirDevemos ter cuidado ao indicar esses alunos. Quero dizer, cuidado com a maneira de avaliar essas indicações.
ResponderExcluirReconheço de longe os sintomas da depressão. Já venho trabalhando isso com vários alunos, principalmente com uma aluna do 2º ano. Ha estudos que dizem que é a doença do século, onde, a partir dela, pode se desenvolver varias doenças e distúrbios, podendo também levar ao suicídio.
ResponderExcluirAno passado havia uma aluna na turma 1004 diagnosticada com depressão. Ela faltava bastante. Eu procurava conversar com ela sobre assunto cautelosamente. Vou verificar se ela continua na escola.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirTenho uma aluna diagnosticada com depressão. Converso muito com ela. Procuro observar bastante os meus alunos durante as minhas aulas.
ResponderExcluirIrei escrever meu comentário em partes.
ResponderExcluirEm primeiro lugar, conforme já proposto aqui no blog anteriormente, usei o tema depressão na avaliação do segundo bimestre com a turma 801, bem como na produção de seminário. Acredito que tivemos reflexões interessantes, principalmente no que tange ao preconceito e à desinformação que circundam o tema.
Em relação aos alunos que apresentam um comportamento que poderia ser relacionado ou identificado como depressão, a fim de respeitar a privacidade deles, seus nomes já foram citados pessoalmente por mim em algumas ocasiões à direção. De todo modo, deixarei registrado por e-mail conforme solicitado.
Por fim, reitero meu desejo de que uma palestra e exercícios de convivência sejam estendidos a todos os alunos da escola. Inclusive, já falei com a psicóloga, que se dispôs a fazer tal trabalho na escola. Só precisamos marcar a data!
Acima de quaçquer currículo, as aulas precisam ter história real de vida. Um professor para alcançar e conquistar seus alunos precisa abrir um pouco livro da sua vida. Assim fica mais fácil poder ajudar a qualquer um que esteja apresentando sinais de depressão. Depressão não é algo fácil de ser tratada. Por isso é necessário humanizar a relação aluno/ professor. À medida que percebo uma necessidade, abro um espaço na sala de aula para essa ferramenta.
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