terça-feira, 19 de setembro de 2017

Intolerância Religiosa

Leia o texto abaixo extraído de uma matéria do site da Agência Brasil/EBC. Ele trata de uma importante manifestação ocorrida no domingo, dia 17 de setembro, em Copacabana:



Milhares de pessoas participaram hoje (17) de um ato contra a intolerância religiosa, na Praia de Copacabana, na zona sul da cidade no Rio de Janeiro. O ato, organizado pelas organizações não governamentais Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (CCIR) e Centro de Articulação de Populações Marginalizadas (Ceap), reuniu principalmente fiéis de religiões de matriz afro-brasileira, mas também representantes de igrejas cristãs, da comunidade judaica e de outras religiões (Baha'i, wicca, kardecista, budista e Hare Krishna).
Esta foi a décima edição da Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa, realizada poucos dias depois da divulgação de vídeos em que aparecem criminosos, supostamente cristãos, ameaçando lideranças de religiões afro-brasileiras e obrigando-os a destruir seus terreiros, localizados em comunidades carentes do Rio de Janeiro.
O organizador da caminhada, babalawô Ivanir dos Santos, lembrou que a primeira caminhada, em 2008, foi realizada justamente por causa de um episódio em que traficantes evangélicos ameaçavam os terreiros em favelas controladas por eles.

De que forma a escola, no geral e, em especial, sua disciplina, pode contribuir para semear uma cultura de paz, com respeito à diversidade religiosa, sobretudo num cenário tão conturbado quanto o que temos assistido no país?

18 comentários:

  1. A geografia tem como um dos objetivos trabalhar a diversidade cultural, a partir desse ponto é possível trabalhar o respeito pelo diferente.
    Porque só com respeito é possível viver em sociedade. Na minhas aulas tento sempre passar isso, que podemos não entender a escolha do outro, no entanto é necessário necessário e importante respeitar tais diferenças.

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  2. A escola como um todo deve se envolver com os problemas referentes à intolerância de uma forma geral, através de debates sobre esses assuntos tendo com base acontecimentos jornalísticos dos últimos tempos. É importante e extremamente necessário falarmos sobre respeito às diferenças, sejam elas culturais ,religiosas E etc.
    Não nascemos preconceituosos, nos tornamos assim por falta de orientação, por isso o nosso papel é tao importante na formação de cidadãos mais conscientes.

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  3. Boa noite, caros colegas!

    A intolerância religiosa é mais uma forma de racismo, cuja intenção é sempre de reprimir e eliminar os cultos, mas quando olhamos mais cautelosamente, constatamos algo que pouco se falou no âmbito escolar: o racismo velado e anulação da expressão cultural e religiosa que remete a ancestralidade africana presente na formação do país.

    Dados recentes apontam que 70% dos ataques às religiões são dirigidos aos cultos de origem africana.

    Em Língua Portuguesa e Literatura trabalhamos a diversidade cultural, principalmente, a Literatura Africana e a Legislação, tanto constitucional quanto infraconstitucional.

    Grande abraço, Silvia

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  4. Segundo Cortella, quando temos um aluno com problemas na turma, ele nao é apenas um problema meu, mas literalmente um problema da escola. Não é transferindo as responsabilidades que haverá soluções. Isso implica em dizer que os alunos precisam tomar consciência que essa questão da diversidade diz respeito a todos.
    Em Língua Portuguesa e LPT, por exemplo, é de grande valia trabalhar textos que abordem esses assuntos por meio de reportagens, entrevistas e estatísticas. No simulado do ENEM desse ano abordamos o assunto sobre xenofobia. A escola pública laica é outro assunto a ser discutido em forma de debate. Isso não só ajuda o aluno a esclarecer as suas dúvidas, como também auxilia na formação de cidadãos críticos e que visam sempre respeitar o próximo.

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  5. Este tema pode ser trabalhado na minha disciplina através de textos diversos que podem ser lidos e discutidos com os alunos na sala de aula.

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  6. O texto que serve de mote para estas postagens fala em "criminosos, supostamente cristãos" e "traficantes evangélicos". O fato de tais pessoas usarem o nome de Jesus não significa que são de fato cristãs. Como evangélica, me senti incomodada com tal colocação. Sinceramente, não consigo conceber a ideia de que um cristão genuíno, seguidor dos ensinamentos de Jesus, possa ter uma conduta tão repreensível. Jesus mesmo disse aos seus discípulos que nem todos aqueles que dizem "Senhor, senhor" entrarão no reino dos céus. Ele também nos ensina sobre a parábola do joio e do trigo. É preciso saber separar as coisas.
    Infelizmente, há muitas pessoas infiltradas no meio evangélico que não conhecem a essência do evangelho, que é o amor. Um verdadeiro cristão deve ser reconhecido muito mais por suas atitudes do que por suas palavras. Deve haver coerência entre aquilo que prega e o que pratica. O maior exemplo disso é o próprio Jesus Cristo.
    Lamentavelmente, a intolerância religiosa não é um fenômeno de nossos dias. Já existe há muito tempo na história da humanidade. Muitas atrocidades já foram cometidas ao longo dos séculos em nome de Deus!
    A disciplina de História permite, portanto, um olhar crítico sobre esta questão, visando levar o aluno a refletir sobre a importância do respeito e da tolerância para uma vida de paz.

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  7. Os alunos do terceiro ano receberam textos motivadores sobre intolerância que serviram de apoio para a produção de um texto dissertativo argumentativo com proposta de intervenção para esse problema. Além disso, os alunos participaram do concurso Jovem Senador que tinha como tema "Brasil plural: para falar de intolerância".

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  8. Devido às constantes manifestações de atos de intolerância religiosa e, não raro, com o uso de violência física, é imprescindível que a escola, com uma instituição social, instrua na formação do caráter, transmitindo os valores essenciais ao convívio em sociedade. Dessa forma, a promoção de debates e a oportunidade de um maior diálogo entre alunos e professores sobre essas questões fundamentais, torna o ambiente escolar não só em um local de aprendizagem, mas de transformação de indivíduos. Portanto, através matemática, como uma disciplina, exercícios podem ser elaborados abordando essas questões, estimulando a interação entre os alunos e fomentando o posicionamento crítico.

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  9. Sempre prego que somente através da educação se pode acabar com qualquer tipo de preconceito e intolerância, seja ela qual for! Nas horas de conversa informal sempre tendo orientar que todos têm o direito a escolher o que vai seguir (desde que não seja algo violento) e ninguém pode se opor a isso.
    Frase modinha: “ Se sua religião te faz odiar alguém, mude de religião”. O pior é que muitos grandes lideres religiosos estão envolvidos em politica e pregam a violência e intolerância, lamentável.

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  10. Nas aulas de educação física esse tema pode ser trabalho com textos e debates.

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  11. O Brasil é um Estado laico, já que garante a todos os indivíduos a liberdade religiosa e de crença. Mesmo assim, observa-se, muitas vezes, intolerância religiosa em nosso país, o que permite atos discriminatórios e violentos por parte dos intolerantes contra os diversos praticantes religiosos. Fato que está relacionado ao pouco conhecimento de muitos da população acerca das diversas crenças.
    Outro fator que agrava essa intolerância é a ética e a moral de muitos brasileiros, já que desrespeitam a religião do próximo, bem como agem, na maioria das vezes, tentando impor ao outro a sua religião por considerá-la superior as demais.
    Devemos, como Educadores, ouvir as opiniões de nossos alunos em relação a esse assunto. Esclarecendo que todos devem ser respeitados, independente de suas crenças, raça, sexo, situação financeira e etc.
    Os filmes são grandes aliados à minha disciplina, pois através deles tenho como trabalhar qualquer assunto que faça parte das vidas dos meus alunos. Além disso, tenho como trabalhar vocabulário, música, interpretação, tudo dentro da Língua Inglesa.

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  12. Procuro realizar debates sobre este tema. Abordo alguns países como: Argentina, Chile e Uruguay. Busco evidenciar tópicos que nos levam a pensar que de fato o Estado é laico, mas devemos respeitar toda e qualquer forma de manifestação religiosa.

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  13. Através da minha disciplina (biologia) o único momento que posso abordar questões religiosas é quando trato de origem do universo e do planeta... Apenas converso que é importante respeitar as diversas doutrinas e religiões existentes e que cada uma tem seu ponto de vista, que nenhum é mais certo que o outro.

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  14. Esse tema pode ser abordado por meio da leitura de textos e debates sobre o assunto.

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  15. Olá, Pessoal.

    Sugiro a leitura de textos que tratem o assunto, mostrando dados estatísticos e a exposição de alguns curtas que estão disponíveis na internet.
    Após esse primeiro momento expositivo, podemos gerar um debate e dar fala aos alunos e deixar que eles se exponham de maneira que demonstrem o que pensam sobre os cultos que não praticam.
    A partir daí, explicar de que modo podemos combater a intolerância religiosa, e também fazer um questionário com as principais dúvidas dos alunos que serão respondidos por praticantes dessas religiões constantemente perseguidas.
    Na próxima aula, mostramos através dessas respostas como as religiões se encontram interligadas com a cultura na qual o indivíduo foi inserido e desmistificamos a religião em si na tentativa de minimizar o ódio que muitos destilam por práticas diferentes da sua.

    Att,

    Janaina.

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  16. Também me senti muito incomodada com o fato do tema "intolerância religiosa" ser diretamente relacionado com os
    cristãos. Sou cristã e o verdadeiro cristianismo não ensina a intolerância sobre nenhuma questão alheia. A não ser sobre aqueles que usam o nome de Deus para a prática do mal.

    A minha pergunta é: quem realmente está sendo o alvo aqui?

    Aqueles que sofrem com qualquer tipo de intolerância ou os cristãos?

    Pois como cristã não quero ser confundida com criminosos. Se for assim, também seremos vítimas da chamada intolerância religiosa (ou já somos).

    É por isso que na escola, como regente de turma que precisa abordar todos os assuntos recorrentes da sociedade em que vivemos, as minhas abordagens são sempre abrangentes e não pontuais. Pois acredito na formação do cidadão com base nos princípios de amor,justiça e respeito pleno à todos.
    Trabalhei nesse bimestre o tema de símbolos na arte à partir de elaboraçao de uma lista de regras de boa convivencia em sala. Para isso utilizei um trecho do livro CÓDIGOS DA INTELIGÊNCIA do autor Augusto Cury tratando sobre autruismo como uma das principais funções da inteligência humana.

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  17. No estudo de LPT, esse tema pode ser trabalhado das mais diversas maneiras. Eu, particularmente, gosto muito de adotar uma perspectiva histórica e cultural: a partir da literatura, mostrar como a religião pode ser meio de dominação e imposição cultural; como, ao longo da História, diversos povos com religiões diversas - mas ao mesmo tempo tão parecidas - foram se comportando e se remodelando para sobreviver; como a religião molda e influencia as mais variadas áreas da vida e como isso se reflete no imaginário, nas utopias e na identidade dos povos. Alguns exemplos: ao tratar de contos de fadas como sexto ano, não posso deixar de evidenciar os resquícios dos antigos mitos, bem como a convivência de elementos do paganismo e do cristianismo presentes numa Idade Média caleidoscópica.
    Trazendo ainda para nossa vivência brasileira, é de suma importância ressaltar sempre o sincretismo religioso, que formou a riqueza histórica e cultural do nosso país. Tal sincretismo é evidente em diversas obras da literatura e até mesmo na nossa língua, suscitando debates em sala de aula, sempre que conveniente. Esse tema foi trabalhado na aula interdisciplinar (LPT e História) sobre Carnaval,esse ano, para todas as turmas da tarde. Uma sugestão de atividade, nesse mesmo sentido, seria analisar sambas-enredo que evidenciassem o sincretismo religioso brasileiro.
    É imperativo que, qualquer que seja a abordagem adotada pelo professor, a liberdade religiosa seja o cerne, apresentando toda a pluralidade de religiões e crenças que existem no mundo.

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  18. Os alunos seriam convidados a pesquisar sobre a doutrina religiosa seguida por cada um. Posteriormente, realizaríamos um debate em torno de duas palavras-chave: tolerância e respeito.

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