Considerando-se os resultados de nosso colégio, que vem caindo em desempenho um ponto a cada resultado do Ideb e também analisando os números atingidos por todas as redes, no qual nosso colégio não tem alcançado, como vocês analisam esse fato e como podemos melhorar nossos índices?
Não acho que seja um problema específico do nosso colégio, penso que seja um problema do nosso sistema educacional. A solução seria dar maior autonomia para os professores assim como real reprovação tanto por notas como por falta e haver maior rigidez em relação a disciplina. O resultado não seria logo até porque alunos e pais não estam acostumados a regras. Haveria uma número grande de reprovação, mas logo eles iriam entender que estudar de fato é preciso e asim com certeza mudaria muita coisa.
ResponderExcluirO problema não esta somente na rede estadual, ou só na nossa escola, mas o ensino publico não tem recebido a devida atenção de nossas autoridades. No dia em que saiu o resultado, assisti na tv o nosso secretário de educação, falando que apesar do índice o Estado ainda estava no patamar esperado, devido as dificuldades em que o mesmo está passando,como querem que os alunos aprendam e tenham estímulo para estudar, com uma categoria profissional como a nossa, que recebe pouco pelo que faz e o que recebe às vezes, precisa gastar com material com os alunos, sei que a direção do Evangelina faz o possível e o impossível com a pouca verba que recebe,mas às vezes é insuficente.Não contamos com uma tecnologia apropriada para ensinar nossos alunos, fazemos o que podemos.Quantas vezes preparo várias aulas, dentro da realidade da unidade, mas muitos faltam,pq não é uma disciplina atrativa para a grande maioria, e olha que não falo só de religião, mas um pouco de história, filosofia,literatura e as disciplinas afins,mas percebo que o desinteresse não é somente pela minha disciplina, mas pela grande maioria.Lembro que discutimos no sábado de planejamento de que nossos alunos fazem da unidade um ponto de encontro e de que na maioria das vezes, nós atrapalhamos esse encontro.Manter o interesse dos alunos está muito difícl, pois estamos sózinhos nessa empreitada, onde a grande maioria dos responsáveis, também não impõem limites e não os incentivam a estudar,fazemos todos os esforços possíveis, mas caminha sem ajuda financeira e sem ajuda dos responsáveis, fica muito difícil.
ResponderExcluirAcho que a Educação em geral anda muito abalada. Nossos jovens andam dando pouca importância aos estudos, não se empenham em aprender o que é necessário.
ResponderExcluirEstamos, cada vez mais, lutando pra não deixar que a Educação Brasileira afunde de vez.
O governo, por sua vez, também não tem interesse em oferecer uma Educação de qualidade à população, não valoriza os seus profissionais, não se empenha em fazer com que os nossos alunos sejam transformadores de vida, adultos bem sucedidos e realizados.
Eu, como educadora, tento despertar o interesse dos meus alunos, não só para os conteúdos de sala de aula. Tento passar valores, contar bons exemplos de vida, de pessoas que venceram através dos estudos, do seu esforço pessoal, através de muita dedicação. Infelizmente, muitos deles, descobrem tarde a importância da escola e dos estudos em suas vidas.
É triste constatar que a cada ano o desempenho dos nossos alunos vem caindo e, consequentemente, o da nossa escola também. Sabemos dos esforços que fazemos para tentar reverter essa situação, porém não depende apenas da nossa boa vontade.
ExcluirNão se trata de um problema exclusivo da nossa escola. O fraco desempenho atinge a Educação de um modo geral. O Brasil tem estado nas últimas colocações quando o assunto é Educação. Para mudar esse quadro, é preciso que se invista pesado nas escolas e nas políticas educacionais, visando alcançar melhores resultados a curto, médio e longo prazos.
Ensino de qualidade requer altos investimentos, tanto na infraestrutura das escolas quanto na formação e capacitação dos professores. No entanto, o que vemos são escolas funcionando em condições precárias, com falta de praticamente tudo, inclusive de professores, porque cada vez mais os professores estão sendo empurrados para fora das salas de aulas devido às péssimas condições de trabalho e salários aviltantes.
Cobrar excelentes resultados sem fornecer condições adequadas de trabalho é, no mínimo, incoerente. Quando o governo, seja ele municipal, estadual ou federal, tratar o professor com respeito e dignidade, a sociedade também o fará. Se o assunto é fracasso escolar, o primeiro a ser responsabilizado é o professor, no entanto, creio que esse ônus deve ser dividido também com o governo, que não garante uma educação de qualidade, e com as famílias, que não têm assumido a parte que lhes cabe na educação de seus filhos.
Concordo que o maior problema é o desinteresse do aluno que está atrelado a facilidade que se tem nesse sistema educacional onde não se pode ter um índice de reprovação real... Se este tipo de conduta fosse mudada, ai sim teríamos reais resultados pois os alunos iam ter q se esforçar de verdade, estudar mesmo para passar de ano...
ResponderExcluirO problema não está no nosso colégio mas sim no sistema como um todo...
Concordo com as respostas anteriores das colegas. Do jeito que está sendo analisado, parece que a "culpa" realmente é da escola. Mas não é. Falta investimento. Os resultados não são reais, como bem já afirmou a Shanna. Nem mais reprovado por falta o aluno pode ser. Ele começa a perceber que o colega ao lado faltou durante o ano todo e no próximo está estudando junto com ele novamente, como se nada tivesse ocorrido... Até aqueles que levam o estudo a sério começam a duvidar do "sistema". Não chega verba para material, não há renovação nas obras da biblioteca, de modo a causar interesse nos alunos. O laboratório de informática é fictício, os docentes não conseguem reproduzir cópias para selecionar exercícios do ENEM (para os alunos do médio) e outras listas para o fundamental, há o desinteresse dos alunos, que mesmo recebendo aulas "atrativas", se colocam na posição de inércia, enfim os fatores são muitos. Nisso também se inclui a desvalorização profissional pela qual estamos passando. Infelizmente, são muitos ingredientes negativos que o próprio sistema fornece. Para reverter esse quadro, é preciso mudar essa situação relatada anteriormente. Tenho certeza de que estamos fazendo o possível para levar o melhor para os nossos alunos. Todavia, muitos fatores não estão em nossas mãos.
ResponderExcluirBoa noite, caríssimos colegas!
ResponderExcluirFaço coro com os colegas!
Com relação ao questionamento, para melhorar o desempenho, além de oferecer condições dignas de trabalho aos professores, o Estado deveria adquirir material pedagógico, entregar todos os livros didáticos para os alunos, integrar ao corpo administrativo da escola um orientador pedagógico para auxiliar na disciplina. Além disso, a infraestrutura atrapalha o desempenho, o local tem muitos ruídos, o que permite que os alunos se dispersem e faz com que os professores precisem gritar.
Por sua vez, os recursos são precários, dificultando a fixação do conteúdo e a transposição didática. O laboratório de informática, por exemplo, não possui máquinas funcionando e os alunos não são estimulados. Há uma carência de recursos financeiros muito grande.
A equipe da escola é consistente e os profissionais competentes, mas diante do cenário atual, não há como melhorar o resultado, principalmente com relação ao ano de 2016.
Abçs, Silvia
Acredito que esse seja um problema do sistema educacional de um modo geral, não uma questão específica do nosso colégio. Para mudar esse cenário atual é preciso que haja um forte investimento na educação. Valorizando os profissionais, dando a eles mais autonomia para "cobrar" dos alunos. É importante também que se invista em infraestrutura e em materiais didáticos.
ResponderExcluirA educação pública brasileira, como um todo, encontra-se fracassada. Diversas questões estão atreladas a esse quadro: desvalorização do profissional da educação, falta de investimento financeiro no setor, desestruturação da família. É preciso que se promova uma reforma educacional geral para que este cenário mude.
ResponderExcluirRealmente não é o caso somente de nossa escola. Existem escolas na pref. Que caíram de 8 para 2 pontos. Essas notas foram em torno do resultado obtido por nossos alunos, que na maioria das vezes, fazem a avaliação sem compromisso. Sem falar também da falta de recurso em cada escola. Somos forçados a "tirar leite de pedra". Eu não vejo uma solução rápida, mas sei que devemos continuar dando nosso melhor. Assim, nas atuais circunstâncias, faremos o melhor para nossos alunos.
ResponderExcluirGente, vcs vão me desculpar, mas esses dados só reforçam o que a gente tem falado O TEMPO TODO. A escola, há uns 3 anos, COMPROU todo esse discurso da meritocracia imposto pelo Estado e reforçado pela Coordenadoria Metropolitana 5. Fez isso a contragosto de todo mundo! Talvez de QUASE todo mundo, pra não generalizar. Desde que o Marco morreu, nós temos passado por períodos muito ruins, onde cada vez mais se tenta alcançar o que a Metro exige. Em contrapartida, a reação vem com tudo, que é o sentimento de não pertencimento, de falta de autonomia, de exclusão dos processos de gestão da escola. Temos optado por uma escola muito certinha em termos de burocracia meritocrática mas pouquíssimo preocupada com o bem-estar, com o espírito de autonomia, com a realidade das culturas juvenis. Não pode isso, não pode aquilo, não pode aquilo outro. E sempre é não pode porque não pode, porque tem a lei X, a lei Y, a lei Z, como se as leis e os decretos, por si, fossem sinônimo de justiça. Olha, não sei quanto a vocês, mas nos últimos anos tenho me empenhado em me tornar um professor melhor do que fui no passado, e tenho me capacitado nesse sentido. Hoje sou melhor do que ontem. Creio que com todo mundo é assim, com todo mundo que busca, claro. Sinceramente eu não acho que temos que ser nós, professores, que precisamos buscar uma saída mágica para aumentar o IDEB, não. Nós já temos feito isso, aliás, acumulando funções burocráticas que não são nossas, preenchendo diário umas 70 vezes com a mesma informação, por exemplo. Acho que é hora de parar e pensar se esse esforço que tem sido feito em direção aos destinos apontados pela SEEDUC tem dado certo. Não sou eu que estou dizendo, são os números. Basta ver! Depois de 2013, é uma catástrofe. E não é à toa, só olhar para a nossa realidade e por tudo o que passamos nesse período.
ResponderExcluirO problema não ocorre apenas em nossa comunidade escolar. Quando o assunto é educação o país tem deixado muito a desejar,a falta de investimento,infraestrutura , desvalorização do professor, tudo isso contribui para um resultado ruim. Como se esperar um resultado bom se não há investimento em educação no país, onde estados decretam calamidade pública e até falência,onde professores ficam meses sem receberem seus salários? Como bem disse a professora Marta, "Se o assunto é fracasso escolar, o primeiro a ser responsabilizado é o professor, no entanto, creio que esse ônus deve ser dividido também com o governo, que não garante uma educação de qualidade, e com as famílias, que não têm assumido a parte que lhes cabe na educação de seus filhos.
ResponderExcluirOlá, pessoal.
ResponderExcluirPelo que observei, parece que foi unânime a constatação de que o nosso sistema não está funcionando, pois dentre todos os pontos abordados pelos colegas, a maioria (senão todos) concordaram com isso.
Os alunos não têm interesse na escola porque os professores estão cada vez assumindo a educação dos filhos dos outros, pois os pais estão omissos em relação à isso. Nosso papel de ensinar acaba sendo secundário, dessa forma. Tanto pais quanto alunos não entendem que a escola também é deles, não é de graça e a maior parte da população só valoriza o que é pago, sendo assim, se o aluno não busca aprender por vontade própria, os pais pouco se importam, pois não estão "perdendo" dinheiro com mensalidades escolares. Se o aluno reprovar, eles também não ligam, pois o aluno perdeu tempo e o ano de estudo, e o pai não perdeu seu dinheiro.
Por outro lado, também vejo falhas na estrutura organizacional do sistema escolar que temos na esfera estadual, pois a escola encontra-se em condições precárias, os profissionais estão totalmente desvalorizados, faltam insumos, enfim, falta o básico pra um trabalho bem feito ser desenvolvido.
minha pergunta é: como podemos aumentar o ideb da nossa escola se mal temos papel para produzir as provas, os alunos não possuem livros, falta tinta pra preencher o piloto, não temos laboratórios de ciências, nem de informática, e nossa biblioteca, minúscula, pouco abrange uma real necessidade de despertar o interesse pela leitura por parte dos professores de linguagens?
Eu sei que parece que só reclamamos, quando apontamos nossa realidade vigente, mas como cobrar se você não oferece meios para fazê-lo? Praticamente impossível, certo?
Antes de tomarmos providência para tentar esses índices, temos problemas muito maiores pra resolver, a níveis estruturais, pois o básico já estamos fazendo.
Ministramos nossas aulas, oferecemos as 6 ridículas avaliações por bimestre, nos juntamos em três pra reprovar o aluno que não fez nada o ano inteiro e torcemos pra que tudo corra bem ao longo do ano; pois cada dia que entro em sala de aula e penso no enfrentamento diário enquanto docente, penso seriamente em desistir de tudo e sair da área. Só que não consigo, ainda acredito numa possível mudança. Tenho fé. Por enquanto.
Como podemos melhorar? nós professores? Bem, acho que ainda que com todos os problemas fazemos sempre o nosso melhor. Essa queda é consequência da falta de recursos a educação e a outra parte cabe aos responsáveis que utilizam a escola como depósito de crianças, se ausentando da responsabilidade de educar seus filhos!
ResponderExcluirEssa queda não é exclusiva do nosso colégio, e sim do sistema de ensino público. Todos nós sabemos que o governo não tem interesse que esse quadro melhore. Educação não da voto, tira voto.
ResponderExcluirUma solução é que venha um governo que invista massivamente em educação. É preciso também que seja dado mais autonomia para os professores, assim como condições de trabalho melhor. Tenho certeza absoluta que em pouco tempo esse quadro iria melhorar.
O ensino público está fracassado. Não recebemos a valorização digna e justa que alunos e professores deveriam ter das autoridades. Nossos alunos dão pouca importância aos estudos dificultando e muito nosso trabalho. Infelizmente, estamos em uma situação lamentável, não há investimentos na infraestrutura das unidades de ensino e muito menos para a formação e capacitação dos profissionais de ensino. Cobrar melhorias e ótimas condições de trabalho é fácil, mas garantir que esses recursos sejam aplicados de fato na educação é muito difícil.
ResponderExcluirO ensino público está fracassado. Não recebemos a valorização digna e justa que alunos e professores deveriam ter das autoridades. Nossos alunos dão pouca importância aos estudos dificultando e muito nosso trabalho. Infelizmente, estamos em uma situação lamentável, não há investimentos na infraestrutura das unidades de ensino e muito menos para a formação e capacitação dos profissionais de ensino. Cobrar melhorias e ótimas condições de trabalho é fácil, mas garantir que esses recursos sejam aplicados de fato na educação é muito difícil.
ResponderExcluirTalvez seja necessário se ter um trabalho com o objetivo de conscientizar nossos alunos da importância de se ter uma boa educação, pois ao meu ver cada dia que passa nossos alunos vão a escola para fazer o social. São poucos os que vão a escola para estudar, e de certa forma o professor fica nadando contra a maré, nós queremos ensinar, mas parece que eles não querem aprender. Quando citei no início que acredito que é preciso ser realizado um trabalho de conscientização, entendo que seja necessário o apoio do governo para alcançartoda a ppopulação para tal conscientização, porque parece que nossos alunos não tem esse incentivo dos Pais.
ResponderExcluirEsses resultados estão de fato mostrando a realidade de toda a rede estadual, não só da escola, uma vez que são reflexos de uma política de governo que não visa a uma educação de qualidade. A tendência é que os próximos resultados do IDEB também sejam ruins, pois o Rio de Janeiro vive uma crise sem precedentes, que afeta a educação, saúde e demais serviços públicos. A única forma de melhorar esse quadro é realmente investindo em educação: melhorando a infraestrutura das escolas, oferecendo uma merenda de qualidade aos alunos, dar material e condições de trabalho aos professores, assim como aumento salarial, desburocratizar o pedagógico, investimento na formação de alunos , capacitação e valorização de professores, autonomia pedagógica. Assim como alguns colegas, tenho tentado aprimorar meus conhecimentos fazendo curso de especialização, mestrado etc, mas não cabe somente ao professor a tarefa de melhorar. O que adianta apontarmos sugestões para mudar esse resultado lastimável, se o que falamos não é levado em consideração e tampouco posto em prática? Enquanto a educação não for o principal projeto do país, só veremos resultados como esses.
ResponderExcluirEsses dados mostram o fracasso da educação pública estadual.
ResponderExcluirEm relação ao questionamento dessa semana, eu não tenho a resposta. Infelizmente, não sei mais o que fazer para ajudar a melhorar a educação no Brasil. Me sinto impotente diante dessa situação e "cansada" até de pensar sobre esse problema.
Acredito que não alcançaremos um bom resultado enquanto não comprarmos a briga pela aprendizagem verdadeira. Nada prejudica mais a aprendizagem do aluno do que a ausência de cobrança. Alunos que não fazem nada em sala de aula e passam pq demos 10 trabalhinhos pra serem feitos em casa, com a finalidade dele conseguir a nota. E não adianta dizer que se o professor quiser é só reprovar. sabemos que não é assim que funciona. Tem que ser um projeto da escola. Só assim os resultados favoráveis aparecerão.
ResponderExcluirConcordo com os colegas, não é um problema específico da nossa escola, mas sim de toda a rede estadual. E, mais do que isso, do sistema de ensino como um todo. Com isso, o IDEB só demonstra a fragilidade do sistema tradicional e reforça a crueldade da meritocracia. Vejam só, as aulas transdisciplinares têm sido um sucesso em relação às tradicionais. Por que não apostarmos nesse modelo de aula? Se uma das nossas maiores reclamações é a falta de interesse dos alunos, por que não tentarmos um método diferente? O que eu percebo em aula é que o aluno só faz o dever - aliás, que palavrinha, hein..."dever" - enfim, a atividade SE ela estiver valendo ponto, caso contrário, não os interessa. O aluno cumpre a mera obrigação automática de copiar o conteúdo do quadro e nem sabe o que está copiando. Copiou? Fecha o caderno e assim está encerrada sua missão em sala de aula. A meu ver, esse modelo meritocrático de notas e provas, já incorporado pelos alunos, não auxilia em nada, muito pelo contrário, só nos faz pensarmos a nossa prática pedagógica como um trabalho engessado que busca bater metas e aumentar índices, como numa estrutura fabril. Não digo isso para abolirmos as avaliações, por exemplo, mas sim para pensarmos num modelo que promova uma aprendizagem mais profunda e verdadeira. Quem sabe esse não seja o segredo para aumentar os índices, não é mesmo?
ResponderExcluirAcho importantíssimo falarmos sobre o assunto AGORA, não deixar para depois, uma vez que estamos vendo um governo (golpista, diga-se de passagem) tentar impor por meio de MEDIDA PROVISÓRIA uma reforma no Ensino Médio que não é nada menos do que absurda, um total (mais um) retrocesso na educação do nosso país. O objetivo é claro e cristalino de transformar as escolas em linhas de produção e os nossos alunos em "trabalhadores" robotizados, massa de manobra. O que é mais grave: as escolas PARTICULARES poderão escolher se irão adotar ou não a medida, enquanto para as públicas, será obrigatória. Ou seja, enquanto na particular o aluno recebe educação, na pública o aluno recebe instrução. A luta é de classes, isso é claro. Nós, como professores do Estado, não podemos dar voz à meritocracia e aos discursos ultrapassados, temos que proteger nossos discentes. Como já dizia Darcy Ribeiro, "A crise na educação brasileira não é crise, é projeto.". Enfim, minha sugestão, não para aumentar o IDEB, mas sim para melhorarmos a educação na nossa escola, é pensarmos em novos métodos de ensino, a exemplo das já citadas aulas transdisciplinares - ou interdisciplinares, que poderiam não ficar apenas na reposição e vir para o nosso cotidiano. Não custa nada tentar! Por fim, acho que seria válido inclusive um posicionamento oficial da escola - direção e professores - em relação à MP do EM para toda a comunidade escolar.
Só para completar, em relação à minha sugestão: existe a escola estadual Chico Anysio, que fica no Andaraí. Lá, o modelo é integral, não apenas na carga horária, mas também na integração entre todas as disciplinas. É uma escola modelo e queridinha da SEEDUC. Não sou eu quem digo, mas a própria SEEDUC, em reunião de acolhimento dos novos professores. Se eles podem, por que nós não podemos?
ResponderExcluirA educação encontra-se em colapso, tanto na rede estadual, quanto na rede privada. O começo da desvalorização nasce da profissão, visto que, já na universidade, nota-se a evasão que sofrem os cursos de licenciatura. O Estado despedaçou a representação e a importância que o professor ocupa nas civilizações, desde a Grécia Antiga. Percebe-se, então, que a profissão se fragilizou, desencadeando a banalização das instituições educacionais.
ResponderExcluirO Estado despreza as necessidades financeiras e estruturais imprescindíveis ao ofício de um educador; as instituições privadas dão a estrutura necessária, mas, nem sempre, o respeito ao profissional. Nós professores, por exemplo, precisamos de autonomia para reprovarmos um aluno da rede pública, sem que este tenha que ser reprovado em mais duas disciplinas além da nossa. Acredito que a luta, antes de tuto, tem que priorizar a valorização do educador e seu papel transformador na sociedade. É uma empreitada difícil, tendo em vista o desinteresse do Estado em mudar a inércia em que se encontra a educação no Brasil, entretanto, a transformação deve vir de dentro para fora.
Vou concordar com os colegas. O problema não é da escola e menos ainda dos professores. Acho que é a falta de investimento nas escolas que não possuem o minimo de estrutura. Falta investimento nos profissionais, mas também acho que a falta de motivação também vem de casa, antigamente o aluno ia para a escola para estudar, e adquirir conhecimento para melhorar a sua condição de vida e também de sua família, hoje ele faz tudo na escola menos estudar. Penso que para melhorar só a união, entre família, Estado, direção e professores. O
ResponderExcluirDevemos traçar nossas metas e criar nossas próprias estratégias para alcançá-las.E pedir a ajuda de Deus,como inteligência maior para nos dar a direção de um bom êxito.
ResponderExcluirNão será Governo e, nem nós mesmos com nossas divergências de pensamentos,
ResponderExcluirIdeias, conceitos e valores que tem condições de solucionar os problemas da nossa sociedade e nem do ensino do país.
ResponderExcluirEsses números do Ideb são um reflexo da precariedade da educação pública como um todo. Os professores estão cada vez mais desmotivados. Enquanto não houver uma política de estado seria comprometida com a educação o cenário não muda.
ResponderExcluirEntendo que a responsabilidade relacionada com o decréscimo observado na estatística não é dos alunos, de suas famílias ou dos professores. Alunos desinteressados sempre existiram, pois, a consciência da necessidade de aprender surge com a maturidade e esta chega em momentos distintos dependendo do adolescente. Da mesma forma pais que pouco participam da educação dos filhos sempre existiram e na mesma proporção,
ResponderExcluirA meu ver julgá-los assim é avaliar sem profundidade um problema que tem outra origem, esta relacionada com a desvalorização do professor como profissional, com o investimento e interesse insuficientes da parte do Estado, uma vez que as políticas educacionais além de não serem prioridades, são também equivocadas ou mal implantadas.
Nesse momento me recordo da gestão do grande educador Paulo Freire quando foi Secretário de Educação na Prefeitura de São Paulo, de 1989 até 1992. Ao assumir o cargo encontrou as escolas municipais da capital paulista em estado deplorável após a gestão ruinosa do prefeito anterior. Ao assumir a árdua função, Paulo Freire teve atendidas as suas exigências quanto a verbas para melhorar instalações e condições de ensino, bem como a valorização dos profissionais. O resultado foi absolutamente espetacular, porém face ao pouca divulgação desse sucesso realizada pela mídia corporativa, uma vez que se tratava de uma gestão oposta aos interesses do empresariado e do capital, esse trabalho não é lembrado e louvado como deveria.
A resposta para melhores resultados não passa por planos mirabolantes e alquimias criadas em gabinetes, mas, sim, com investimento em instalações, manutenção, fornecimento regular de insumos e, sobretudo, com a valorização dos corpos docentes, dos salários à especialização.
Ou seja, enquanto o Estado não mudar e continuar organizado como está, sem dar à educação a prioridade que ela merece e necessita, pouco irá mudar.
Eduardo Lopes
Eu poderia acrescentar no caso específico dessa escola, o ambiente de trabalho.
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