Alguns sociólogos, filósofos e intelectuais ignoram a
meritocracia como um sistema justo de hierarquização, pois a ascensão
profissional ou social não depende exclusivamente do esforço individual, mas
também das oportunidades que cada indivíduo tem ao longo da vida.
As pessoas que
nascem com melhores condições financeiras, com acesso as melhores instituições
de ensino e contatos profissionais exclusivos, têm maiores chances de
conquistar uma posição privilegiada em relação aquelas que não tiveram esta
mesma “sorte”.
Porém, obviamente,
que não se deve generalizar. Não adianta ter grandes oportunidades na vida,
caso não haja o mínimo esforço e vontade para aproveita-las.
A principal crítica
está no fato de não ser este esforço o único fator que define o sucesso ou o
fracasso, mas uma parte que engloba conceitos mais complexos que estão
presentes nas sociedades.
Qual o seu posicionamento em relação a esse assunto? Como
você vê seu aluno dentro de um sistema de méritos?
Realmente as classes sociais mais favorecidas, tem melhores oportunidades na vida, tanto nos estudos quanto nas oportunidades de emprego.A tendência é que esse grupo privilegiado, alcance o sucesso mais rápido, preencha as melhores vagas de emprego e ocupem a maior parte das vagas das melhores universidades do mundo.
ResponderExcluirPor outro lado, se não houver interesse, objetivos e esforço, há uma grande chance desse sucesso não ser alcançado.Muitos "sortudos" se perdem no meio do caminho e se tornam fracassados, sem um propósito de vida.
Meus alunos não estão incluídos nesse grupo mencionado acima. Certamente precisarão se esforçar muito mais para alcançar esse sucesso, para conquistar seu lugar ao sol, para terem seus sonhos realizados.Mas nada é impossível quando se deseja algo, temos muitos exemplos de alunos pobres de escolas públicas, que estão passando para as melhores Universidades do mundo. Muita gente desprivilegiada que através dos estudos e de muito esforço, consegue realizar seus sonhos e se tornam profissionais bem sucedidos e pessoas de sucesso.
Bom dia, caros colegas!
ResponderExcluirCom o mito da meritocracia, torna-se "fácil" acreditar que com muito estudo e esforço as desigualdades se superarão e, se não conseguirmos, será porque não tentamos o suficiente.
Na verdade, as histórias de meritocracia são exceções. Não é possível que o mérito, sozinho, faça todas as pessoas alcançarem as oportunidades igualmente, pois o trabalho duro e o esforço não são capazes de reparar desigualdades históricas.
O reconhecimento dessa situação de desigualdade tem sido alvo de políticas públicas como a política de ações afirmativas (política de cotas), porém a sociedade, "embalada" no mito da meritocracia, não compreende que tais resgates sociais são tentativas de promover uma equidade de condições.
Grande abraço, Silvia
Vejo o aluno pobre sendo cada vez mais discriminado por esse sistema. É como se fosse reunir um macaco e um elefante e dizer que o vencedor será aquele que conseguir escalar mais rapidamente uma árvore.
ResponderExcluirIsso é a tal meritocracia na educação atual.
O modelo de meritocracia por desempenho para os alunos acarreta em um ambiente educacional injusto e, provavelmente, tenderá a afastar ainda mais a base da pirâmide social do topo, com prováveis consequências negativas à mobilidade social.Uma vez admitido que a justiça é um ideal tão desejável em uma sociedade democrática quanto o resultado, é preciso ser novamente pensado o sistema de recompensas a ser adotado nas escolas, ao menos enquanto o Brasil registrar tal elevado nível de desigualdade social nas suas bases familiares.
ResponderExcluirInfelizmente esse problema de conseguir “vencer na vida” esta cada vez mais difícil com esse governo atual.
ResponderExcluirMas sempre falo para meus alunos que só depende deles aproveitarem as oportunidades que vão surgindo ao longo da vida e que o estudo é a base de todo o sucesso. Sempre falo que a escolha é deles: Ganhar dinheiro dignamente distribuindo papelzinho na rua ou ser chefe de uma grande empresa.
É óbvio que condições favoráveis te darão mais chances de sucesso. Não se pode negar. Porém não se pode sempre justificar o "fracasso" de pessoas de camadas mais baixas. Vejo muita falta de interesse que no futuro será contado como falta de oportunidades. São casos e casos. Muito difícil generalizar.
ResponderExcluirConcordo plenamente com a Silvia, a meritocracia é um mito, mito este criado com o intuito de manter a sociedade "em ordem", cada um ocupando o seu "devido lugar" na pirâmide social. As histórias como "rapaz estudou com livros encontrados no lixo e passou para medicina" são, nada mais, nada menos, que exceções, além de serem amplamente utilizados como notícias sensacionalistas. Assim, o mito da meritocracia faz com que as pessoas reproduzam falácias como "você só será alguém na vida se você se esforçar!", o que, trazendo para a nossa realidade docente, os nossos alunos sabem que é mentira. Por isso sempre digo para os alunos que eles devem estudar sim, mas não para "ser alguém na vida", como eles escutam a vida inteira, e sim para problematizar e questionar as engrenagens sociais. Afinal, só é possível quebrar essas engrenagens quando as conhecemos bem. Ao contrário do que muita gente pensa, ao negarmos a meritocracia, não estamos dizendo que as pessoas não devem trabalhar ou não devem estudar; estamos dizendo que para haver mérito verdadeiro, todas as pessoas devem ter oportunidades iguais de emprego e de estudo, o que sabemos ser algo muito distante. Vejamos um exemplo: como comparar uma aluna que mora numa área de comunidade; ao chegar da escola, precisa arrumar a casa, fazer comida, buscar os irmãos mais novos na escola e cuidar desses irmãos pois os pais trabalham o dia todo; que não tem acesso a bens culturais (ISSO JÁ DIZIA BOURDIEU), como cinema, teatro, literatura; a uma aluna de classe média alta, que estuda em regime semi integral em Copacabana, vai e volta para o colégio de van, faz atividades culturais, curso de inglês e ainda pode pagar professora particular? Talvez seja esse o motivo da "falta de interesse" dos nossos alunos, uma vez que eles se veem presos numa estrutura social completamente engendrada para a petrificação das classes. E, quando ocorre o "fracasso", a culpa recai sobre quem, senão nossos alunos, que "não se esforçaram o bastante". É preciso ler a nossa história e entender o quão colonial ainda somos (saiu uma pesquisa na Itália mostrando que as mesmas famílias poderosas e ricas desde o fim da Idade Média são as mesmas famílias ainda ricas e poderosas hoje em dia). No Brasil, o lastro colonial é fortíssimo e isso deve ser levado em consideração. É muito fácil falar em meritocracia quando o seu "mérito" foi conquistado com o nome e herança familiares. Precisamos discutir a meritocracia sim, sobretudo na escola, ainda mais em tempos de governo golpista que fala para gente: "Não se preocupe com a crise, trabalhe!".
ResponderExcluirA meritocracia faz parte do atual modelo de desenvolvimento social, o capitalismo, que utiliza a meritocracia para fazer com que as camadas mais pobres trabalhem a fim de alcançar um "sucesso". No entanto, esse sucesso nunca vem, pois na verdade é só uma forma de fazer com que a classe trabalhadora faça sua parte sem questionar o capitalismo. Portanto, a meritocracia é uma ilusão vendida pelo capitalismo... E a "falta de interesse" dos alunos é que na verdade os mesmos se veem presos em um ciclo vicioso da sociedade, e acreditam que não podem romper tal ciclo...
ResponderExcluirRealmente nosso sistema é construído para quem tem uma situação mais favorável continue sempre no alto e os menos favorecidos em baixo. Mas como o próprio texto cita não adianta nascer com uma situação financeira melhor tem que trabalhar e se esforçar, dessa forma existem pessoas que são ditasu " pobres" e sabem abraçar as oportunidades da vida e conseguem crescer. Realmente o sistema não ajuda, mas se você se acomodar sendo rico ou pobre jamais subiram de degrau.
ResponderExcluirAcredito que esse sistema meritocrático desenvolve um estímulo à competição, não somente entre os alunos, mas tamnbém entre professores e gestores na ilusão de que alcançarão sucesso e reconhecimento de suas habilidades na sociedade.A realidade tem provado o contrário,nem sempre os melhores estão no topo da pirâmide,mas àqueles apadrinhados, principalmente na política em um discurso embalado na democracia, que quando questionada pode tornar-se agressiva e autoritária.Levo meus alunos a refletirem sobre a necessidade da aquisição de conhecimentos necessários ao seu desenvolvimento e questionamento onde todos possam contribuir de acordo com suas aptidões de forma solidária e participativa.
ResponderExcluirMeritocracia não existe, por si só consiste numa ideia errônea de que as pessoas de classes menos favorecidas podem alcançar algum sucesso na vida estudando e trabalhando bastante, mostrando, assim o seu valor bem como a conquista de uma vida mais confortável e um indivíduo de sucesso.
ResponderExcluirOs mais ricos vendem essa ideologia para os mais pobres a fim de continuar mantendo "uma ordem" dentro do nosso sistema de classes, já que a proposta por trás disso é fazer com que o pobre continue no seu lugar de pobre e dali não saia.
Usar de exemplos que mais estão categorizados como exceção não fazem desse modelo de sociedade válido, pois o próprio sistema impede que as camadas menos favorecidas ascendam, visto que as oportunidades não descem até os mais pobres, eles não conseguem ser vistos e/ou ouvidos.
Como a imagem elucida, infelizmente o que nos resta concluir é que esse câncer capitalista só tende a crescer, assim como as desigualdades, embora caibamos a nós mostrar aos nossos alunos que eles podem não participar dessa ascensão, mas sim olhar mais criticamente para o governo em suas respectivas esferas e aprender a brigar politicamente pelos seus direitos em vista de oportunidades iguais e mais justiça social.
Penso que o sucesso, a ascensão social e profissional não dependem somente do esforço pessoal de cada indivíduo. Quando se fala em meritocracia, para que não haja uma comparação injusta, é preciso levar em conta o contexto de vida e se de fato foram dadas condições mínimas para uma pessoa alcançar patamares mais altos na sociedade, como educação de qualidade, uma boa alimentação, oportunidade de se dedicar somente aos estudos etc. Não há como comparar a vida de uma criança que nasceu no sertão nordestino, que trabalha desde a mais tenra idade para ajudar a família, a de uma outra que nasceu num lar abastado, que lhe proporcionou todas as condições para desenvolver seu potencial sem preocupações e sem perda da infância. Já que estamos falando sobre mérito, as duas crianças mereciam ter as mesmas oportunidades e toda a tranquilidade para se desenvolverem plenamente. Não se deve exigir desempenho e resultados iguais de pessoas, como essas duas crianças do exemplo citado por mim, que vivem em contextos de vida tão desiguais. Falar em meritocracia, neste caso, seria um crime.
ResponderExcluirQuando se fala em meritocracia em um país como o Brasil,carente de igualdades em oportunidade,é como premiar uma competição de atletismo onde competidores saem em tempos diferentes. Hoje em dia é muito importante a pessoa estar preparada para as oportunidades que virão,para depois não reclamarem que não tiveram chances de progredir na vida.
ResponderExcluirQuando se fala em meritocracia em um país como o Brasil,carente de igualdades em oportunidade,é como premiar uma competição de atletismo onde competidores saem em tempos diferentes. Hoje em dia é muito importante a pessoa estar preparada para as oportunidades que virão,para depois não reclamarem que não tiveram chances de progredir na vida.
ResponderExcluirO atual sistema realmente massacra aquele com condições financeiras inferiores. Quando cursava na faculdade UERJ ouvia várias histórias, inclusive a de que o filho do pobre não tinha a possibilidade de fazer o curso que desejava. Medicina, odontologia, psicologia eram classificados como opção para quem tinha condições financeiras melhores, por vários motivos: o curso ser integral, os livros serem bastante caros, o período na faculdade se estendia por mais tempo... Enfim, várias questões que causam até hoje um transtorno para quem não tem condições financeiras arcar com os custos e consequentemente serem "levados" a fazer uma opção ao "alcance". É triste, mas infelizmente é a realidade. Contudo, isso nunca poderá ser um empecilho para alçar voos mais altos. Acredito que seja isso que devemos passar para os nossos alunos, incentivar para que busquem sempre se especializarem para que mais oportunidades apareçam em suas vidas profissionais. Sair do lugar de origem é um movimento que depende muito mais da força de vontade de cada um do que esperar pelas "chances" que poderão ou não aparecer.
ResponderExcluirO povo brasileiro é iludido com esses discursos positivos que são feitos somente para a sua manipulação. Não desacredito no esforço; de maneira alguma! Mas num país que só existe a fala e não há a prática, o sucesso de alguém de baixa renda é muito incomum. Ouvimos algumas poucas boas histórias de sucesso e nos contentamos com elas.
ResponderExcluirO que me assusta ainda mais é perceber que essa trama aniquila toda a crença dos nossos alunos quanto ao esforço e vontade de crescer. Eles não acreditam num futuro diferente e, por isso ficam parados sem força para se moverem e lutar.
MARCIA BOMFIM
É indiscutível o fato de que uma criança advinda de uma família abastada terá mais condições de alcançar o sucesso profissional. As oportunidades serão maiores e o ambiente mais favorável. Entretanto, tais condições não serão determinantes para um futuro promissor se o indivíduo não for perspicaz, se não "fizer por merecer". Ao discutirmos a meritocracia, faz-se necessário citar a política de cotas públicas nas universidades, como uma política que visa a promover um sistema cada vez mais excludente. É como "tapar o sol com a peneira". O investimento deve ser feito na base educacional. É no ensino fundamental de qualidade onde o Governo deve investir.
ResponderExcluirNão obstante a negativa implícita que se nota à meritocracia, está é a base ideal para a construção de uma sociedade justa e florescente. Tal rechaço talvez ocorra pelo fato de estamos em uma era, continente e país, infelizmente nação periférica regida por uma caquistocracia, palavrona feia e renegada que define o governo pelos piores elementos da sociedade. Evidente que diante dos fatos a sedução de ser niilista, de perder conscientemente a crença em tudo e todos, domina a nossa alma e o nosso coração. E, há que se ter muita disciplina para não ceder a este caminho e acabar conformado com tanta injustiça.
ResponderExcluirO fato é que quando se é governado por um jogo de interesses envolvendo políticos carreiristas e empresários gananciosos que, juntamente com os tubarões do mercado de capitais, dão poder à expressão máxima da grande e poderosíssima mídia corporativa, aquela que se apresenta ao público impecavelmente embalada, cintilante e dona absoluta da verdade. Esta mídia é a grande manipuladora dos fatos reais que arma diariamente o seu eficiente teatro das discutíveis verdades e sofismas. Portanto, lamentavelmente, vivendo em meio a tal realidade não se pode esperar justiça a nossa volta.
E é nessa sociedade sustentada por valores discutíveis e onde o interesse maior se concentra em criar distrações com o objetivo de desviar a atenção da população para temas que não envolvem, jamais, de forma honesta e direta, a criação de uma consciência social que permita, justamente, a meritocracia, que vivemos.
Assim, sorte, destino e a resignação são as palavras de ordem que devem reger a vida daqueles que nesse país são a quase absoluta maioria e, sabidamente, não tiveram a fortuna de nascer em condições ideais.
E aqui questiono a todos: como docentes que somos, ainda mais quando lecionamos em escolas de bairros pobres de periferia, quantas vezes vimos passar em nossas salas de aulas alunos que, não obstante oriundos de lares onde com graves carências de todo tipo, são potencialmente brilhantes e necessitam apenas de um mínimo investimento do Estado para ter um futuro dos mais promissores? E, quantas vezes, pela total incompetência desse mesmo Estado em atender as necessidades básicas da população, vimos estes mesmos alunos serem condenados a uma vida tão aquém daquela que mereciam?
Profº Eduardo Lopes
Concordo com a fala de muitos aqui onde dizem que meritocracia não existe...
ResponderExcluirInfelizmente a condição social é que vai dizer como será o futuro da pessoa. Sua ascensão social quase sempre é dificultada por conta dos obstáculos da vida (como ilustrou bem a Raquel)...
Devemos lutar para que isso não seja empecilho para não haja cada vez menos interesse dos alunos pela educação, devemos mostrar que com educação é possível se chegar além...
Realmente, o sistema de méritos não é justo num país tão desigual como o nosso.E a principal crítica que faço não é apenas em uma questão de oportunidades, mas também de condições mínimas suficientes para que um indivíduo possa aproveitar as oportunidades.
ResponderExcluirConcordo com todos. Não deveria existir essa tal "meritocracia" neste país onde as oportunidades não são para todos.
ResponderExcluirSou contra a meritocracia. Os investimentos são feitos para disfarçar um problema que já vem acontecendo, onde o correto seria investir em uma educação de base para que todos pudessem ter condições iguais de disputar qualquer vaga. O resto, seria do esforço de cada um.
ResponderExcluirO conceito de meritocracia geralmente é utilizado por uma pequena camada da sociedade, detentora de supremacia econômica sobre os demais, que alicerça tal supremacia apenas e tão somente no mérito, justificando as diferenças sociais instauradas na coletividade.
ResponderExcluirCabe ressaltar que, em tal conceito, propositalmente, ignora-se um dado importantíssimo: não são dadas de forma equânime as oportunidades a todos de se atingirem este tal mérito, trazendo como consequência principal as disparidades das classes em nossa sociedade.
O conceito de meritocracia geralmente é utilizado por uma pequena camada da sociedade, detentora de supremacia econômica sobre os demais, que alicerça tal supremacia apenas e tão somente no mérito, justificando as diferenças sociais instauradas na coletividade.
ResponderExcluirCabe ressaltar que, em tal conceito, propositalmente, ignora-se um dado importantíssimo: não são dadas de forma equânime as oportunidades a todos de se atingirem este tal mérito, trazendo como consequência principal as disparidades das classes em nossa sociedade.
A meritocracia basicamente é a ideia de que quem quer, consegue, chega lá. Que todos tem seus louros por mérito próprio. Elimina-se de todo o processo os fatores circunstanciais relacionados à dinâmica da vida e faz dos cidadãos indivíduos padronizados. Um grave erro que insistimos em apoiar. Todos somos diferentes e partimos de lugares diferentes. É justamente porque temos alunos em situação de desigualdade que devemos dar-lhes condições de se igualar em termos de aprendizagem. O discurso da meritocracia só vale pra professor-aluno. Se o Estado realmente acreditasse nisso, forneceria para as escolas periféricas muito mais recursos do que destina aos espaços de lazer das zonas nobres. Não é isso que ocorre. Eles sabem que a maioria dos nossos alunos servirá o cafezinho deles.
ResponderExcluirO aluno de escolas públicas, (municipal e estadual), com raríssimas exceções, não têm condições de galgar as melhores posições no decorrer da sua vida, por diversos fatores que são do conhecimento geral, ou seja, desigualdades sociais e econômicas.
ResponderExcluirQuantos alunos oriundos de escolas públicas, com exceção do CPII, Colégios de Aplicação, CEFET, Colégio Militar, estão ocupando altos cargos no Serviço Público?
Sabemos que concorrer a cargos públicos, há necessidade de uma preparação prévia, dispendiosa e horário livre com dedicação exclusiva para os estudos. A maioria dos nossos alunos precisam trabalhar para ajudar seus pais e irmãos.
É fato que pessoas que nascem com melhores condições financeiras e com uma boa base familiar tem mais chances de crescimento profissional. Há casos excepcionais de pessoas que vieram do nada e conseguiram posições privilegiadas, mas são raros. Em um país tão desigual é complicado aceitar a meritocracia como algo justo.
ResponderExcluirA sociedade, por muito tempo, classificava o êxito profissional ou escolar, como resultado do mérito de cada um. Contudo, políticas públicas voltadas à educação e à ascensão social/profissional como as cotas em universidades públicas e concursos públicos, a criação de programas como Prouni e Pronatec, entre outros, reconhecem que a meritocracia é ineficaz e não alcança todas as classes de nossa sociedade. O princípio da igualdade e isonomia preconiza tratar os iguais de forma igualitária e os desiguais na proporção de sua desigualdade. É sabido que vivemos em uma sociedade desproporcionalmente desigual, por isso creio ainda ser precoce basear nossa sociedade em um sistema de méritos.
ResponderExcluirPrefiro não opinar.
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