O Movimento Escola sem Partido faz uma proposta de campanha de esclarecimento aos
alunos e pais que deveria ser disseminada nas escolas e ambientes de ensino sob
a forma de cartazes ou similares.
Proposta:
1. O professor não
abusará da inexperiência, da falta de conhecimento ou da imaturidade dos
alunos, com o objetivo de cooptá-los para esta ou aquela corrente
político-partidária, nem adotará livros didáticos que tenham esse objetivo.
2. O professor não
favorecerá nem prejudicará os alunos em razão de suas convicções políticas,
ideológicas, religiosas, ou da falta delas.
3. O professor não
fará propaganda político-partidária em sala de aula nem incitará seus alunos a
participar de manifestações, atos públicos e passeatas.
4. Ao tratar de
questões políticas, sócio culturais e econômicas, o professor apresentará aos
alunos, de forma justa – isto é, com a mesma profundidade e seriedade –, as
principais versões, teorias, opiniões e perspectivas concorrentes a respeito.
5. O professor não
criará em sala de aula uma atmosfera de intimidação, ostensiva ou sutil, capaz
de desencorajar a manifestação de pontos de vista discordantes dos seus, nem
permitirá que tal atmosfera seja criada pela ação de alunos sectários ou de
outros professores.
Desconsiderando a de número 5, qual a sua opinião sobre essa
campanha?
Considero absurda, um desrespeito a autonomia da escola, do professor e da livre expressão entre a comunidade escolar.Em grande parte das campanhas, sejam de saúde, de trânsito,bullyng, abuso sexual e etc O governo ,partindo da esfera federal acaba fazendo da educação, através da escola e do professor, seu porta-voz,pois estes assuntos fazem parte de um trabalho coletivo entre ambos, agora quando se trata de política,isto não é assunto para escola.Em minha opinião é ¨calar¨o professor de desempenhar plenamente suas funções em todos os assuntos que surgem na nossa realidade contemporânea.
ResponderExcluirBom dia, caros colegas!
ResponderExcluirOs teóricos do projeto “escola sem partido” advogam a neutralidade e se dizem não partidários. No entanto, suas intenções são claras: a retroação dos avanços dos últimos anos, especialmente com relação aos direitos humanos. Por exemplo, afirmando que pais e seus filhos têm que ter uma educação moral de acordo com suas convicções. É uma deturpação da lei, que diz respeito à liberdade religiosa que deve ser respeitada individualmente. Além disso, manipulam e fazem confusão deliberada, que reafirmou a importância de se debater questões de gênero e de sexualidade nas escolas, para que as diferenças não sejam transformadas em desigualdades.
Esse movimento da “escola sem partido” nasceu em 2004 e não gerou muitas preocupações, porque parecia muito absurdo. No entanto, atualmente, tem crescido com discursos conservadores e fundamentalistas.
A proposta foi apresentada em forma de projeto pela primeira vez no Estado do Rio de Janeiro, pelo deputado Flávio Bolsonaro. A segunda vez foi no Município do Rio de Janeiro, pelo vereador Carlos Bolsonaro – ambos filhos do deputado federal Jair Bolsonaro. E tal proposta já se espalhou por diversas câmaras municipais e assembleias legislativas. Em âmbito nacional, o deputado Izalci (PSDB/DF) apresentou o PL 867/2015 à Câmara Federal, que altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação.
Apenas pela bancada que apoia o projeto, já se percebe que o mesmo jamais poderá ser considerado uma conquista social.
Grande abraço, Silvia
Basicamente, trata-se de uma falsa dicotomia, pois não diz respeito à não partidarização das escolas, mas sim à retirada do pensamento crítico, da problematização e da possibilidade de se democratizar a escola, esse espaço de partilhas e aprendizados ainda tão fechado, que precisa de abertura e diálogo. Os jovens têm sua própria opinião. Os jovens não são massa de manobra…. Toda a opinião é política, inclusive a ‘escola sem partido’…. A demonização da política é a pior herança da ditadura militar, que além de matar seres humanos, ainda provocou na educação um dano que vai se arrastar por mais algumas décadas”.
ResponderExcluirDeixemos para a REDE GLOBO fazer o nosso papel então.
ResponderExcluirOs teóricos do projeto “escola sem partido” advogam a neutralidade e se dizem não partidários. No entanto, suas intenções são claras: a retroação dos avanços que tivemos nos últimos tempos, especialmente com relação aos direitos humanos.
Dizem que os alunos (a quem chamam de “vítimas”) acabam sofrendo de Síndrome de Estocolmo, ligando-se emocionalmente a seus algozes (“professores doutrinadores”).
Pessoal,nossa única arma é a manifestação, a nossa presença nas ruas e a disseminação de informações a um público maior possível, já que é na internet e em redes como whatsapp que esses grupos têm angariado seguidores, muitos deles muito jovens. É preciso promover debates que esclareçam essas situações que estão amadurecendo na surdina, com pessoas que não nos representam, mas estão em cadeiras que permitem tais movimentos.
O professor deve apresentar uma postura imparcial dentro de sala de aula, mas NUNCA deixar de promover o senso crítico em seus alunos. A campanha "Escola sem partido" parece-me mais uma tentativa de intimidar o comportamento combativo e questionador inerentes ao jovem e inibir a capacidade de livre expressão.
ResponderExcluirA escola pode e deve se constituir como um lugar de mediação entre o âmbito familiar e a instância social. Nem refém da moralidade privada, nem subjugada pela lógica partidária: a escola é o lugar privilegiado para a educação pública, mas uma educação que depende das liberdades de ensino, de aprendizagem, de pesquisa e de divulgação do pensamento, como definido pela constituição. Qualquer projeto contrário a isso não diz respeito à educação, apenas revela interesses privados.
ResponderExcluirEssa campanha parece ter como finalidade deixar o senso crítico de lado. Embora, a escola seja um espaço neutro, ela também carrega uma enorme diversidade cultural, por isso acho importante trabalhar questões polêmicas dentro da sala de aula, a fim de esclarecer e desenvolver um senso critico e uma tolerância sob a diferença do outro.
ResponderExcluirA escola tem como um dos seus principais pilares dividir saberes. Acredito que esta campanha está vindo para reforçar aquilo que a maioria dos governantes mal intencionados querem: fazer com que a população não reflita e consequentemente não tenha voz para protestar e expor suas opiniões lutando por mudanças. "Se infiltrar" dentro das escolas sempre pareceu uma boa tática para a prática desses abusos disfarçados de política pública. Temos o exemplo das aprovações automáticas implantada nas escolas há um tempo atrás. Todos sabíamos o que estava por trás daquilo. Essa campanha tem a mesma intenção: bombardear a livre expressão de pensamento se utilizando de um discurso falso e mascarado.
ResponderExcluirEssa questão da escola sem partido coloca nós professores sem argumentar com os nossos alunos determinados assuntos, onde nosso governo faz de tudo para que a população não seja crítica. E estão tentando incluir projetos para que as escolas não forme cidadãos críticos.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirA escola tem o seio voltada para as diversidades, cada qual diferente do outro, e temos que respeitar as diferenças, sejam elas religiosas, politicas, ideológicas ou morais. Creio que um professor tem que ter a mente aberta para não colocar seu ponto de vista, mas sim vários e nunca colocar sua opinião pessoal.
ResponderExcluirUm dos pressupostos da educação é formar cidadãos com senso crítico e capazes de problematizar a realidade que os cerca. Isso não se trata de doutrinação e muito menos de imposição de crenças e valores. O espaço da sala de aula é lugar de troca de experiências, de reflexão e de respeito às diferenças de opinião e credo. A partir do momento em que tanto o professor quanto o aluno não podem demonstrar um determinado posicionamento a respeito de um assunto relacionado à política, à religião, à economia etc, a sala de aula perde o caráter de espaço próprio para liberdade de pensamento e de expressão, que são fundamentais para a formação do educando.
ResponderExcluirEntendo a campanha como interessante, ainda que possa, talvez, ser ou parecer mal intencionada. Assim, como a política permeia toda a sociedade e, particularmente, a literatura disponível para ser utilizada no processo que promove o despertar da consciência social dos alunos, é fundamental que todo o material didático a ser utilizado, desde o fornecido pelo Estado ao que os próprios professores propõem, deva ser apreciado previamente e decidido por todo o corpo docente. Dessa forma, além de analisar de forma crítica o que será apresentado aos alunos, é possível estabelecer estratégias para que esta literatura seja adequadamente divulgada. Com essa medida evita-se discussões político-partidárias inúteis e, sobretudo, prematuras entre alunos, que geralmente são muito imaturos, mas já passíveis de serem cooptados, até mesmo em seus lares, bem como os consequentes antagonismos que surgirão entre estes. Enfim, o momento, no âmbito da sala de aula, é de despertar nos alunos, por meio de leituras variadas seguidas por debates, o conhecimento, a lucidez, o respeito às diferenças, o sentido de justiça e equilíbrio necessários para que não se tornem inocentes úteis, por exemplo, em campanhas espalhafatosas estimuladas pela mídia corporativa, mas, sim, cidadãos conscientes e não manipuláveis. Profº Eduardo Lopes
ResponderExcluirA campanha pela "Escola sem partido" nada mais é que uma tentativa de calar as vozes argumentativas que temos nas escolas. Me parece que esperam um cidadão totalmente incapacitado de pensar e raciocinar criticamente. Precisamos deixar todo e qualquer tipo de doutrinação de lado e fazer com que nosso público pense com as próprias cabeças.
ResponderExcluirA escola é um ambiente multicultural, diverso e plural, e deve ser tratado como tal, onde os atores respeitam-se mutuamente sem deixar de lado suas próprias ideias e convicções.
Concordo que não deva existir discussões partidárias no ambiente escolar mas devemos sim discutir politica, economia, etc... afinal, como ditos por outros a escola é um ambiente para formar senso crítico nos alunos e sem isso... Bem, é como dizem: querem os cidadãos na ignorância, pois o ignorante não pensa, logo não questiona.
ResponderExcluirEu até concordo que uma escola deva ser sem partido, mas jamais apolítica, sem questionamentos e discussões políticas.
ResponderExcluirCom certeza a questão não é a de uma escola sem partido. Existe isso? Escola do PT? Ou escola do PMDB? Será que existe e eu na sei?
ResponderExcluirEscola é lugar de pensamento. Ou, pelo menos, deveria ser. Ė lugar de desenvolvimento do pensamento crítico, lugar de questionentos.E isso não pode mudar.
O projeto de lei "Escola sem partido", além de inconstitucional, é completamente tendencioso: busca não uma escola "sem partido" - e podemos discutir mais profundamente o que é "ter um partido", no sentido do que é ideologia - mas sim a escola com partido único, isto é, uma educação voltada para a ideologia "neoliberalista", da direita e da extrema-direita, em crescente ascensão no país. Isso é extremamente perigoso porque fere a democracia em vários sentidos: é uma tentativa fascista e ditatorial de limitar e, como quem defende esse tipo de coisa adora dizer, doutrinar os alunos; é uma tentativa criminosa de censura, colocando em perigo a liberdade de expressão dos professores; é completamente contrária ao princípio da educação voltada para a liberdade e para a formação de indivíduos críticos e autônomos; é avessa às discussões sobre direitos humanos e questões tão importantes como a liberdade religiosa, o multiculturalismo, as identidades de gênero, o racismo; enfim, é uma aberração proposta pelo Congresso mais reacionário desde a ditadura, claramente saudosista dela.
ResponderExcluirRecentemente, no dia 2 de agosto de 2016, o reitor do Colégio Pedro II manifestou-se sobre o assunto. Segue um trecho: "A “Associação Escola sem Partido”, recentemente criada, recorreu à Justiça contra o INEP face ao tema da redação do ENEM 2015, que tratava da violência contra mulheres, pois o julgaram doutrinador e partidário, mas a cada quatro minutos uma mulher sofre violência física e 13 mulheres são assassinadas a cada dia. E o tema não é importante? Será tratado onde?
A violência, inclusive, está nas escolas e disto sabemos e vivemos. Ela está presente no “bullying”, em pequenos furtos, nos abusos sexuais e assédios, tal e qual ocorre na sociedade brasileira. Não debater estas questões nas escolas, como todas as outras é um retrocesso social digno das sociedades do século XIX ou de regimes de exceção.
Combater a doutrinação partidária é uma coisa, combater a pluralidade das ideias é outra completamente diferente e diria prejudicial." Disponível em: http://www.cp2.g12.br/noticias_destaque/5151-reitor-do-cpii-se-manifesta-sobre-o-programa-escola-sem-partido.html
Gabriela Novello - LPT
A escola não deve ter partido A,B,ou C,mas deve ter seu posicionamento direcionado na orientação,discussão e abordagem de temas políticos, contribuindo para a formação do aluno e cidadão,sabedor de seus direitos e deveres.
ResponderExcluirA "escola sem partido" vai na contramão de todo um avanço na construção de uma sociedade e de escolas plurais, laicas e republicanas. É um atraso na educação democrática e no processo civilizador e emancipador de um povo e de um país. A boa escola é aquela que dá espaço para o aluno debater, que incentiva o aluno a pensar.
ResponderExcluirEssa conduta contribui cada vez mais para a formação de analfabetos políticos. Não queremos dar um curso de política, mas sim fazer com que eles saibam diferenciar opressão e imparcialidade. Este tipo de atitude é um absurda. Nós professores como formadores de cidadãos críticos, jamais poderemos concordar com este tipo de conduta.
ResponderExcluirO Escola Sem Partido não defende a liberdade e os direitos dos jovens. Ele apenas proíbe os professores de debater política e direitos humanos em sala de aula. Acredito que os alunos serão muito prejudicados com esse projeto, pois a escola deixará de ser um espaço de estímulo ao pensamento crítico dos jovens e adolescentes.
ResponderExcluirO Escola Sem Partido não defende a liberdade e os direitos dos jovens. Ele apenas proíbe os professores de debater política e direitos humanos em sala de aula. Acredito que os alunos serão muito prejudicados com esse projeto, pois a escola deixará de ser um espaço de estímulo ao pensamento crítico dos jovens e adolescentes.
ResponderExcluirA sala de aula é do professor e dos alunos. Qualquer projeto que fora esse princípio básico atenta contra a autonomia da escola e do trabalho docente, logo, aprisiona o processo de ensino aprendizagem. O projeto ESP tem um discurso muito bonito, apela para a neutralidade e está cheio de boas intenções. Assim como o inferno! Não existe neutralidade na Educação. E a própria ideia de que não deve haver ideologia na escola já é, em si, ideologia. A ideologia da direita. A escola é e deve ser sempre um espaço político. Numa democracia, garantir que a escola esteja aberta à divergência e à diferença é basilar. O contrário disso é flerte com regimes ditatoriais. Abaixo o Escola sem Partido! A Educação não deve ser tratada como crime. Já somos esculachados o suficiente, agora mais essa????
ResponderExcluirAcredito o debate político super válido e benéfico, mas tem que ser bem trabalhado. Já me senti ofendida, durante a faculdade, quando uma professora ao defender sua posição política ofendia os que não pensavam como ela. Ela não defendia o debate, e isso que deve ficar claro.
ResponderExcluirO nosso papel como educador é e sempre será primordial para formar cidadãos, e como fazer isso sem debates sobre política, direitos e deveres.
ResponderExcluirDemocracia é isso.
A Educação não pode ser estática e conteudista, tanto no sentido de não se preocupar com o desenvolvimento do raciocínio ou com a Cultura Geral. Neste sentido, minhas ideias vão de encontro ao Movimento Escola sem Partido, pois o professor deve ter liberdade para conceituar e discutir os mais variados temas presentes na história das sociedades e o aluno não deve ter tolhida sua capacidade de raciocinar acerca da diversidade de ideias.
ResponderExcluirProfessor que sou, tenho por ética e profissionalismo dar pontos de vista, ouvir pontos vista, aceitar e discutir pontos de vista. A escola não aliena, ela incita a reflexão, assim como o professor não apontar o caminho, mas apresenta possibilidades.
Escola sem partido é um retrocesso. Os alunos não poderão mais questionar, terão que ouvir tudo passivamente, tornando-se pessoas alienadas. Um cidadão completo se forma através da democracia.
ResponderExcluirEscola sem partido é escola sem democracia, pois esta tem que ser um ambiente crítico, onde damos as cartas para que os alunos escolham. E para serem escolhidas, os alunos precisam ficar cientes das opções políticas através das aulas com conteúdo no livro sim, filminho explicativo sim e professor esclarecendo tudo. Ele tem o direito de ter sua mente aberta com as diversas opções e chegar as suas próprias conclusões.
ResponderExcluirReconheço que há muito adestramento ideológico não só em escolas como em universidades também. O discurso é claramente monotônico. O que é ensinado, autores, livros, são escolhidos a dedo por preferências ideológicas. Os materiais didáticos, do médio, têm muito direcionamento. No entanto, pessoalmente, sou contra o escola sem partido. Sou politicamente liberal e penso que o projeto fere o princípio de liberdade de pensamento.
ResponderExcluir