segunda-feira, 9 de maio de 2016

Teoria x Prática

 

Quando tivemos o pensamento em seguir a carreira de professor, tínhamos em mente um quadro do que seria nossa prática diária. Ao longo da graduação, recebemos várias informações sobre métodos e instrumentos que pudessem auxiliar em nosso trabalho. Ao chegar em sala de aula, no entanto, um novo cenário se apresentou diante de nós. Como foi sua experiência inicial? Como ela te marcou? 




31 comentários:

  1. Minha experiência inicial deve ter sido a maior colaboração para o profissional que sou hoje. No início, trabalhei em uma comunidade carente que me marcou muito, principalmente pelo fato de observar o quanto é necessário ser às vezes muito mais psicólogo do que propriamente professor. Isso me levou a estudar bastante sobre psicologia da educação. Assim, procuro conciliar meus conhecimentos em todo os colégios por onde passei e ainda trabalho.

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  2. Minha experiência inicial foi um grande desafio, pois além de ser muito jovem estreei a carreira numa turma de formação de professores, onde eu lecionava:Estrutura do Ensino, Didática e Estatística voltada pra educação e nunca havia pisado numa sala de aula, mas encarei como grande primeiro teste, onde eu deveria ensinar aos futuros professores, pois eu tinha uma turma de segundo e uma de terceiro ano do curso, os desafios que eles iriam enfrentar talvez em toda sua vida de trabalho como profissional de educação, além de ensinar os conteúdos das disciplinas eu os conscientizava do papel que eles estavam assumindo perante a sociedade, como facilitadores e mediadores frente aos obstáculos que muitas das vezes são impostos a nossa profissão e que eles deveriam ter sempre uma postura responsável perante as gerações que eles também iriam educar, por isso apesar da minha inexperiência e juventude(tinha apenas 21 anos), esse contato inicial marcou pra sempre e foi aí que eu decidi que estava na profissão certa pra mim.Durante quatro anos lecionei em escola particular no curso de formação de professores, foi muito bom e em 1987 prestei meu primeiro concurso público que foi para a Prefeitura de Duque de Caxias embora, na época, muitas pessoas que me conheciam tentavam me desestimular devido a pouca remuneração que a mesma pagava na época, mas como eu já estava decidida a seguir essa profissão, confiei e segui meu caminho.

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  3. Durante a graduação, estive numa faculdade voltada única e exclusivamente para a formação de professores, onde a todo momento éramos seduzidos pela profissão e pelos professores que nos nos acompanharam ao longo do curso. Tudo era lindo e maravilhoso, funcionando perfeitamente.
    Os estágios supervisionados nos faziam visitar a escola com um outro olhar, não mais de aluno, mas sim de futuro professor. Os estágios e projetos onde o foco era a aproximação universidade-escola ou a prática docente eram encantadores, os alunos eram ótimos, super interessados e engajados nos projetos e na nossa pesquisa.
    Fazia sentido, pois em alguns deles os alunos e a escola em que trabalharíamos eram escolhidos "a dedo" e depois de muita discussão por parte da nossa equipe. Trabalhávamos com amor e satisfação com aqueles meninos!
    Aí chega a tão famigerada formatura e o ano em que assumo a minha primeira turma como docente oficial. Que desastre! Salas superlotadas, sem ventilação (muito menos climatização), alunos totalmente perdidos, desorientados, desnorteados e com histórias de vida complicadíssimas, uma matéria chata e difícil e uma professora novata e inexperiente pra segurar essa onda. Foi dureza. Noites e noites de choro, sem querer pisar ali, com um início de depressão e uma perda de quase 12 kg no meu primeiro ano no magistério. Não foi fácil, não foi bom, muito menos lindo e encantador. Foi horrível e eu pensava diariamente em desistir daquilo tudo. Principalmente por passar por tudo que eu havia passado ao longo da graduação e por ter que vivenciar o ambiente inóspito da escola. Não valia a pena. Não mesmo, era pra sair dali o quanto antes.
    Mas o tempo passou, eu amadureci e acabei aprendendo (ainda estou nesse processo) a lidar com as adversidades, problemas, frustrações e alegrias (?!) da sala de aula. Nesse pouco tempo percebi que o aluno é só um dos problemas jogados nas nossas costas, que o sistema é o pior deles e que estamos apenas engatinhando em tudo o que ligado às questões de ensino-aprendizagem e à máquina que é o espaço que denominamos escola.

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  4. Boa noite, caros colegas!

    A profissão “professor” sempre fora uma das mais atraentes para mim. Durante minha adolescência, cursei a Escola de Formação de Professores e, por um curto período, atuei na Educação Infantil.

    Ingressei aos dezessete anos na faculdade de Direito e, assim que terminei a graduação, retomei o magistério, voltado para as disciplina jurídicas.

    Foram as disciplinas jurídicas que me levaram a cursar Letras, pois ministrava aulas de Argumentação Jurídica. Na verdade, em ambas as áreas estavam nos meus mais profundos anseios.

    Mas me formei em Letras e, por contingências da vida, quando percebi, “estava” professora.

    Logo, após formada, parti para trabalhar no ensino público, inicialmente como contratada no Colégio Pedro II e, após, na Secretaria de Educação do Estado do Rio de Janeiro. Confesso que o nervosismo do primeiro dia no Estado é indescritível e inesquecível, mesmo com toda experiência que possuía. Durante os primeiros meses, não me senti feliz, não conseguia gostar, amar aquele ofício. Como foi difícil! Questionava-me dia e noite sobre o que realmente eu queria fazer em minha vida. Já no segundo semestre brotou em mim um sentimento diferente, novo. Meu coração encheu-se de ternura, de emoção e percebi que estava "me adaptando" àquela nova "profissão", porque somos professores diferentes no Estado.

    Hoje, também “sou” professora, amo muito profissão que me rende bons frutos e que, como qualquer outra, tem suas adversidades. Continuo buscando outros objetivos, aperfeiçoando meus conhecimentos e incentivando meus alunos na busca constante por mudanças. :)


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  5. Infelizmente a primeira impressão foi péssima! Salas de aula lotadas, falar e não ser ouvida, tentar dialogar sem sucesso, muita indisciplina, não conseguir cumprir o plano de aula, foram inúmeras as decepções. Mas, com o tempo, a experiência me fez enxergar tudo com outros olhos. Hoje, sei como lidar melhor com o comportamento da maioria dos meus alunos, o diálogo ficou mais fácil, não me decepciono tanto com o não cumprimento do plano de aula, porque sei que cada turma e cada aluno tem seu tempo. Para alguns a aprendizagem é mais lenta, há de se respeitar esse tempo.
    Não crio grandes expectativas, mas me surpreendo a cada dia!
    Claro que nem tudo é perfeito, há casos de indisciplina extremamente graves, a super lotação das salas de aula comprometem muito o meu trabalho, a ausência da família na vida dos meus alunos é algo que reflete negativamente em sala e nossas vidas.
    Ser mal remunerada é algo que me deixa decepcionada, porque sei a importância da minha profissão, das transformações que posso fazer na vida dos meus alunos. Gostaria de ser mais valorizada, tratada com mais respeito, de ter meus direitos sendo cumpridos, assim como cumpro com meus deveres. A luta continua e a esperança é a última que morre!!!

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  6. Fiz curso Normal no Iegrs e assim como a Janaína, experimentei o mundo cor de rosa. Quando iniciei minha carreira, não tive tantas decepções porque a atitude dos alunos e pais era outra. O ano: 1978. As dificuldades que tive na época eram de fundo material. O salário baixo e meus alunos sem condição financeira para comprar qualquer coisa. Mas, os alunos eram interessados, queriam aprender. O que eu não recebia em dinheiro, ganhava em respeito e interesse pelo o que eu ensinava. Muitas vezes fui a papelarias no centro de Caxias, como a Lubene e a Magal (acho que não são da época de vocês) e pedi material (folhas, lápis de cor e escrever, cadernos, cartolinas) para poder trabalhar. Eles me davam tudo que estava meio amassadinho ou desbotado, caixas de lápis incompletas, canetas que não escreviam bem, e eu considerava tudo um grande tesouro. Meus alunos vibravam quando eu chegava com esses materiais.Naquela época, eu imaginava como seria bom se o governo fornecesse coisas materiais para meus alunos e me iludi achando que se tivéssemos tudo isso, a educação seria um sucesso no país. Mas, o tempo passou e a sociedade mudou. Pude ver e acompanhar todas as mudanças, desde as dos nomes das matérias, as da atitude dos alunos e da sociedade em relação ao magistério. Entrar numa sala de aula transformou-se entrar numa disputa de poder: quem manda mais, alunos ou o professor? Aprendi que tinha que desarmá-los e fazê-los entender que não estávamos disputando nada. Me adaptei. Aprendi muito observando e conversando com meus alunos. Entendi que cumprir o planejamento não é tão importante quanto fazê-los aprender algo de verdade. Aprendi também que tenho que mostrar que o que ensino faz parte da vida deles e isso não é fácil porque é muito trabalhoso. Continuo amando minha profissão e sei que as mudanças sempre virão e que tenho que estar atenta à essas mudanças. Não acredito que nosso país irá valorizar nosso trabalho, muito menos nos proporcionar um salário justo, mas sei também que é nosso dever lutar por isso, sem desanimar. No final das contas, o que me traz compensação em ser professora é saber que faço parte da história de muitos e que minha participação na história deles foi algo positivo.

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  7. Desde pequena, sempre disse que iria ser pesquisadora... Ao chegar na universidade vi que poderia ser o que eu quisesse... Durante meus 10 meses de estágio na Fiocruz trabalhando com veneno (uma coisa que eu amo demais!), vi que a vida de um pesquisador não se encaixava muito no meu perfil.
    Na mesma época, a pedido de um amigo, fui dar aula num pré-vestibular comunitário em Campo Grande. Na minha cabeça isso nunca ia dar certo, pois eu achava que não sabia ensinar mas pra minha surpresa, deu muito certo. Dei aula nesse curso por 2 anos e pude ver muitos dos meus alunos dentro da minha própria universidade. Era muito orgulho pra mim.
    Mas ainda sim, não tinha o pensamento de ser professora... Ao me formar, com o pensamento de ter um trabalho remunerado para tirar um pouco o peso das costas da minha mãe... Fiz concurso pro Estado e passei de primeira...
    Confesso que fiquei apavorada... Meu primeiro ano foi um caos, trabalhava em duas escolas e ainda dava plantão em hospital... A diretora da outra escola não ia com a minha cara e me infernizou o ano inteiro, até conseguir me tirar... Fiquei com muita raiva e aliviada ao mesmo tempo.
    Consegui todos os meus tempos no Evangelina e desde então enfrento a luta diária de todos com indisciplina, falta de material mas com jeitinho conseguimos passar bem o ano.
    Por eu ter cara de novinha, os adolescentes tendem a me desafiar muito mas eu sou forte e encaro. Não sou a professora mais querida, mas sei que os que gostam de mim, gostam de verdade.
    Não pretendo dar aula a vida toda mas no momento a experiência tem sido interessante.

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  8. Assim como o professor Cláudio bem falou,o professor faz o trabalho de um psicólogo,pois com tantas diferenças e histórias de vida que cada um carrega, se faz necessário uma didática diferenciada voltada para a realidade encontrada na sala de aula.A primeira vez que coloquei os pés dentro de uma sala de aula,senti a enorme responsabilidade que me cabia,em transmitir não só conhecimento mas trabalhar conceitos que não foram ensinados na faculdade.Hoje aprendo muito com meus alunos, pois cada um traz consigo uma experiência diferenciada.

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  9. A minha experiência inicial, por incrível que pareça, foi bastante tranquila. Meu ensino médio foi cursado em uma escola pública referência em formação de professores, no município de Duque de Caxias: o Instituto de Educação Governador Roberto Silveira. Ali, éramos obrigados a estagiar em escolas, principalmente públicas, por longos períodos. Então, já no início percebia a nítida diferença entre a teoria e a prática. Todos os meus estágios foram em escolas públicas. A realidade sempre se fez latente diante dos meus olhos. Muito cedo compreendi que o que estavam nos livros não condiziam com a realidade a que era exposta.
    Iniciei no município de Queimados e nele também percebi as várias dificuldades que os alunos enfrentavam diariamente para estarem na sala de aula. Contudo, todas essas experiências foram realizadas com as crianças do ensino fundamental, até o quinto ano. Quando iniciei no Estado, não tive o "choque de realidade", por vários motivos: ter sempre estudado em escola pública, Já ter estagiado por longos anos em escolas públicas tanto no ensino médio quanto no graduação, e ter trabalhado num município tão distante e carente. O público, no caso a idade, poderia ser diferente, mas os problemas são praticamente os mesmos. Isso me forneceu muita "bagagem" na experiência como docente. E apesar de tudo, ainda faço a opção por continuar nesta carreira que abraça inúmeros sonhos e desejos.

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  10. Fiz curso normal e no último ano do curso, assumi uma turma de educação infantil. Foi uma experiência maravilhosa, doze criaturinhas ávidas por aprender tudo, encantadas com o universo escolar.
    Durante a faculdade, trabalhei com alunos do primeiro seguimento do ensino fundamental. Aprendi muito com esses alunos, foi uma época muito marcante, com muitas descobertas.
    No último ano da faculdade, cumpri minhas horas de estágio no Colégio Militar do Rio de Janeiro, onde obtive ricas experiências. Neste mesmo ano, fiz concurso para o estado, e no ano seguinte comecei a lecionar no ensino público.
    Durante esse tempo que estou no estado, vivi alguns momentos maravilhosos, outros dolorosos. Mas acredito que todos esses momentos são válidos para o meu crescimento profissional e pessoal.

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  11. A teoria é completamente diferente da prática, em especial na parte pedagógica da academia. Só a prática nos prepara para a sala de aula. Eu em particular fiz um ano de estágio em uma escola municipal e mais um ano na rede estadual, no caso no Evangelina, uma das escolas que leciono hoje, agora concursada.
    O estágio é muito importante, mas como em toda profissão só os anos de experiência vão nos aprimorando.

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  12. A teoria é completamente diferente da prática, em especial na parte pedagógica da academia. Só a prática nos prepara para a sala de aula. Eu em particular fiz um ano de estágio em uma escola municipal e mais um ano na rede estadual, no caso no Evangelina, uma das escolas que leciono hoje, agora concursada.
    O estágio é muito importante, mas como em toda profissão só os anos de experiência vão nos aprimorando.

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  13. A minha experiência inicial foi meio traumatizante. Meu primeiro colégio foi em uma comunidade muito perigosa. Assim que fui me apresentar, a diretora falou: “Não desanime! Você esta começando agora e tem varias ilusões de como funciona a escola. Já vá se preparando para não se decepcionar.” Não posso comentar o que passei lá mas digo que os R$400,00 de periculosidade não valeram a pena...

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  14. Minha primeira experiência como professor foi um pré vestibular comunitária em Caxias. Amei a experiência, pois os alunos eram muito interessados. Eu com vontade de ensinar e eles com uma vontade de aprender. Foi muito produtivo pra mim. Com certeza eu aprendi muito com eles.

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  15. São três momentos distintos: o do projeto, que nasce quando ainda estamos decidindo a carreira que vamos seguir, atendendo à vocação que em algum momento se manifesta, um período de dúvidas e também de planos, uma vez que a realidade ainda está distante. Trata-se da Era dos Sonhos, mágica e um tanto irreal.
    Posteriormente, durante a graduação, quando recebemos uma infinidade de informações, conhecimentos específicos e experiências que veteranos professores compartem, ou não, com os futuros docentes, somos movidos pela perspectiva do futuro, que sempre se apresenta promissor e nos estimula a seguir nesse aprendizado. É também o momento onde, por conta da necessidade de estagiar, estabelecemos o primeiro contato com o ambiente da escola e com os alunos. Essa é a Era dos Planos, quando estamos muito estimulados e já temos uma ideia de com que vamos conviver.
    Por fim, chega a realidade das primeiras experiências, quando ainda somos crédulos e pensamos que podemos fazer e mudar muito mais do que a realidade vai permitir. É um período estimulante, onde sentimos, pelo menos eu senti, a imposição das circunstâncias, mas ainda embaladas pela esperança e vontade de modificá-las. Depois, com o trabalho diário, as situações que se repetem, a ausência de magia, chegam as frustrações representadas pelas nossas limitações de atuação face ao que oferece o Estado, que não nos permitem, por conta da própria dinâmica do sistema, fazer aquilo que julgamos - creio que todos docentes - ser o melhor pela escola e sobretudo pelos alunos que estamos formando. É uma alegria enorme despertar vocações em alunos, mas, também, uma grande frustração não poder fazer mais por estes, ou pelo menos alguns destes, particularmente os que demonstram capacidade singular e inteligência incomum, mas oriundos de lares sem condições de oferecer o que necessitam, sobretudo quando somos sabedores do despreparo do Estado quando se trata de resgate e valorização de potenciais. Situações como estas causam muito sofrimento aos professores. Enfim, chegamos à Era da Realidade, muito dura e crua.

    Mas, como educadores, seguimos lutando sem tréguas para alcançar objetivos, mesmo que estes pareçam distantes e inalcançáveis.
    Profº Eduardo Lopes

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  19. Antes de ingressar no curso de Letras, trabalhei na área administrativa e cheguei a começar o curso de Direito. Penso que ser advogada não era o meu destino, pois, ao entrar no curso de Letras, eu realmente descobri minha vocação. O início no magistério não foi fácil, porque não há faculdade que nos prepare para a realidade de uma sala de aula com alunos tão singulares e com problemas diferentes. Dei aula para turmas muito agressivas, indisciplinadas e cheguei a pensar em desistir no início da carreira. Só que lutei muito para passar em concursos e no fim desistir. Encarei as dificuldades e as tratei como um desafio. Valeu a pena, pois amadureci como profissional e tive a oportunidade de conhecer pessoas que me ensinaram muito (alunos e colegas de profissão). Levo a minha profissão muito a sério e tento construir uma relação amistosa com meus alunos.

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  20. A minha experiência inicial foi com as crianças menires. Montei uma aula, no qual tinha aprendido que era adequada para tal idade, mas fui surpreendida ao ver que aquilo que planejei era muito além do que aquelas crianças sabiam fazer. Comecei a observar que a realidade que nossas crianças vivem são bem diferentes, muitas das vezes do que esta em um livro, mas o que me chamou mais a atenção foi que a maioria daqueles pequenos só queriam duas coisas: Carinho e Atenção, pois a atividade pode até ser maravilhosa, mas senão tiver a atenção, o abraço, o carinho, na cabeça deles não foi tão divertido.

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  21. Não me esqueço de uma frase dita pela diretora do Evangelina, Maria José no dia em que me apresentei no Colégio, no ano de 2006: " Você não vai salvar o mundo."Fiquei chocada,mas hoje entendo o que ela quis dizer.
    Acontece que os alunos não estão dependendo de nós para resolvermos os problemas de suas vidas mal resolvidas no contexto social e familiar; sem falar no psicológico.E, também não está em nossa profissão o poder de dar solução às questões políticas do nosso país.
    Acredito em mudanças, mas a nossa profissão definitivamente, não tem esse poder.

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  22. Como muitos sabem, é a primeira vez que entro em sala de aula. Ainda estou passando pela fase do choque de realidade. Fiz meu estágio no CAp UFRJ, o que foi maravilhoso, uma experiência sem igual. Por outro lado, entendo que o CAp é um contexto completamente distante da realidade, é o cenário ideal. Nesse sentido,o meu choque de realidade foi e continua sendo muito grande. Sei que preciso refletir sobre a minha prática o tempo todo, entender essas diferenças pra sempre fazer o melhor pelos alunos. De fato, na prática, a teoria é outra. Por isso, peço permissão pra sempre pedir ajuda a vocês, colegas. Os conselhos e a experiência de vocês sempre me ajuda e me estimula.

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  23. Confesso que tinha uma visão romântica e vendida pela mídia de que era preciso apenas AMOR para lecionar. Entretanto, a realidade com a qual me deparei foi bastante frustrante e quase me fez desistir da carreira no magistério: escola sem recursos, alunos agressivos, indisciplinados e desinteressados, professores desmotivados.Arrisco dizer que a teoria assimilada na graduação de nada valeu para minha prática em sala de aula, pois encontra-se completamente distante da realidade escolar. Tais teorias não levam em consideração as particularidades de cada aluno, de cada política educacional pública, de cada comunidade escolar.

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  24. Minha primeira experiência profissional foi cedo. tinha 17 anos e lecionava em turmas de terceiro em um colégio particular no centro de Duque de Caxias. Era estranho dar aulas para pessoas da mesma idade que eu. As vezes era engraçado ser confundido com alunos.
    Meu pensamento na época era outro, acreditava que o professor tinha apenas o papel de ensinar, mas experiências seguintes em colégios onde os alunos vinham de comunidades muito carentes, mostrou-me que as vezes uma orientação, um gesto de carinho, ou simplesmente estar disposto a ouvir o seu aluno surte muito mais afeito que um conteúdo ensinado. Como dito antes por muitos colegas, muitas vezes somos mais psicólogos do que professores.

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  25. Fiz o curso normal e logo depois assumi uma turma de educação infantil. Amei ter passado por esta experiëncia. Fiz letras porque era apaixonada pelo espanhol, mas minha vontade sempre foi ter cursado pedagogia. Ainda não desisti do curso. Já trabalhei com turmas do fundamental primeiro segmento em escolas particulares.
    Somos um pouco de tudo, mas o carinho e afeto devem sempre prevalecer na vida de um professor.

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  26. Foi muito tranquilo, uma vez que já trabalhava em academia e colégios durante a graduação,fazendo estágios. Adquiri nessa época domínio de turma. Quando se trabalha com criatividade, tudo se torna mais fácil. No primeiro dia, quando sai da turma, recebi aplausos dos meus alunos e ouvi um "tomara que chegue logo a próxima aula".

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  27. Por mais que tivesse sido alertada, a realidade foi bem difícil. A maior dificuldade foi , e continua sendo, lidar com o aluno que não quer aprender, sem interesse algum. Indisciplina, atraso de conteúdo, tudo isso dificulta, mas não impede. É algo que me incomoda profundamente, por isso minha dificuldade.

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  28. Quando iniciamos a carreira, seja ela qual for, somos jovens, cheios de idéias e ideais, esperança, etc. Ao longo da carreira, agora dependendo da carreira, se não somos motivados com reconhecimento profissional e financeiro, acabamos caindo na rotina, na monotonia ou até mesmo a abandonamos. Portanto quando me deparei com a sala de aula percebi que seria uma tarefa muito mais difícil do que sonhava. Digo em TODOS os sentidos. Entendi que deveria adaptar o que havia aprendido na faculdade com a minha realidade e assim tenho feito desde então.

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  29. Meu primeiro contato com os alunos motivou minha permanência na docência, visto que iniciei lecionando na Educação de Jovens e Adultos e percebi que a ausência do Estado, em termos estruturais e financeiros, não era suficiente para desmotivá-los, por que seriam para mim? Sei das provações de um professor, da carência de apoio, de reconhecimento, mas não perco a esperança jamais!

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  30. Quando eu comecei a lecionar eu estava no 3º período da faculdade, então tive muita coisa a aprender. Eu não me vejo como tendo aprendido na faculdade a teoria e depois a prática. A minha prática caminhou junto com a teoria desde o início. Me lembro de me chocar com as realidades e os limites dos alunos e ficar consternado por isso. Uma vez, avaliando uma aluna, cujos pais eram conhecidos meus, escrevi tanta besteira! rsrsrs Disse que ela não deveria reproduzir textos, porque somos humanos, e a repetição era algo do mundo dos animais, como papagaios que repetem sons etc etc etc. Em suma, chamei a aluna de animal com outras palavras, e o pai dela acabou indo na escola conversar comigo! rs. Por outro lado, hoje desenvolvo minha pesquisa considerando que a forma de aprender dos alunos, incluindo os seus limites, deve ser considerada na aprendizagem da história.

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  31. Minha experiência foi de bastante espanto de que em que pé está a educação básica pública. Passei um trabalho e todo mundo copiou tudo da internet, alunos de 3 ano do médio, e uns copiaram uns dos outros. Depois passei uma avaliação e um grupo de uns 7 alunos colou descaradamente um dos outros e ainda foram dar queixa de mim na direção por terem ficado sem nota. Até hoje me surpreendo constantemente com o que vejo e passo.

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