terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Gravidez na Adolescência

Estamos de volta em nossas discussões no blog que se revelaram uma ótima maneira de conhecermos os colegas que não trabalham no mesmo dia em que trabalhamos. O tema dessa semana nos mostra uma realidade que convivemos: alunas grávidas em uma idade em que deveriam estar se preocupando com o futuro ou apenas vivendo a adolescência; assumindo o papel de filhas e não mães. Mas algo é preocupante em relação a isso: as ações para evitar essa gravidez precoce sempre recaem nas meninas. Isso reforça a noção de que a gravidez ou a prevenção dela tem que partir apenas da parte das meninas. Que sugestões vocês dariam para que pudéssemos abordar esse tema em sala de aula?

30 comentários:

  1. Oportunizar um debate entre pais e alunos, tendo a sexualidade como tema onde todos tem sua parcela de responsabilidade.A sexualidade tem aflorado cada vez mais cedo a partir de 9 ou 10 anos,por isso é necessário que os pais se aproximem mais de seus filhos, pois dessa forma os filhos teriam uma abertura maior para conversar e os pais de se envolver na vida sexual dos filhos, pois a gravidez na adolescência é apenas um dos temas que aflingem a todos, mas temas importantes como aborto, DST, preservativos e etc também devem ser abordados.Pode-se convidar um profissional da saúde ou psicólogo para abordar o tema.Na sala de aula, atividades como textos para reflexão e conscientização, dinâmicas e vídeos, também podem ajudar a começar a dismistificar esse tema delicado para se tratar com os alunos.Algumas leituras também poderiam ser sugeridas aos alunos como o livro¨Altos papos sobre sexo dos 12 aos 80 anos, de Laura Muller, São Paulo:Globo¨e realizar um debate sobre o assunto discutido no livro em sala de aula com os alunos.
    Marcia Regina-Ensino Religioso.

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  2. Acredito que o foco do debate deva ser mesmo a problematização da culpa e da responsabilidade recaírem apenas sobre as meninas, como foi dito no post. Nossa abordagem não pode ser, de forma alguma, culpabilizadora. Isso me preocupa bastante. Acho necessário que os alunos próprios pesquisem por métodos contraceptivos e discutam quais são mais ou menos eficientes. Falar apenas "usem camisinha", a meu ver, não é suficiente. Existe distribuição gratuita de camisinha, eles conhecem esse fato? Estão cansados de saber que devem usá-la, não apenas para evitar a gravidez, mas também para se prevenirem de DST's. Então, por que não a utilizam? Daí a obrigação recair apenas sobre as meninas: muitas são pressionadas pelos próprios parceiros a não usar a camisinha, até mesmo como prova de amor. Além disso, há uma contradição: apesar de serem sexualmente ativas, são consideradas muito novas pela sociedade para utilizarem anticoncepcionais. E quando, finalmente, a gravidez acontece, a culpa é somente da menina, enquanto o menino é visto apenas como aquele que cometeu um deslize natural de meninos. Portanto, penso que esse tema, hoje em dia, não pode ser tratado sem passar pela deflagração do machismo, machismo este que sustenta a gravidez na adolescência. Devemos tratar de subtemas como a coerção psicológica da mídia (analisar a sexualização precoce em comerciais, novelas, etc.), o atual momento político de significativos retrocessos no direito das mulheres (como a recente aprovação na Câmara dos deputados da lei que torna crime o uso da pílula do dia seguinte e obriga a mulher a relatar a ocorrência à polícia, em caso de estupro), a história da luta pelos direitos das mulheres (como a própria criação da pílula e o que ela significa hoje em dia), a realidade das noivas meninas (como mostra esse texto aqui: http://www.pragmatismopolitico.com.br/2016/01/noivas-criancas-meninas-casadas-brasil.html), etc. Aliás, o tema da gravidez na adolescência dá um ótimo projeto bimestral, não? Enfim, acredito que devemos fugir do já conhecido "usem camisinha" e sigamos pelo debate, pela problematização, de modo que o protagonismo seja dos alunos. Talvez um debate entre os alunos mais jovens e os mais velhos, todos compartilhando experiências.
    Gabriela Novello - LPT

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  3. Há sempre a opção de se fazer debates com os alunos ou chamar alguém para dar palestras sobre o assunto em questão. As alternativas são realmente boas. Mas acredito que uma outra opção poderia ser interessante: promover uma conversa com as alunas que já tiveram filho ou com os alunos que são pais, para que eles pudessem contar como é a rotina deles. Já conversei com meninas grávidas ou que já são mães dos turnos da manhã e da noite e a grande maioria se mostra arrependida. Dizem que se pudessem voltar no tempo, a situação seria outra.
    A intenção não é colocar estes alunos em evidência, muito menos constrangê-los, mas colocá-los numa posição de tentar dar exemplos de como é difícil trilhar pela opção escolhida: não se prevenir e consequentemente gerar uma gravidez indesejada. Projetos paralelos podem ser trabalhados, mas ainda sim ratifico a ideia do compartilhar conhecimentos entre eles, num objetivo de crescimento mútuo.

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  4. Infelizmente esse ainda é assunto muito recorrente... No ano passado, ao comentar sobre algumas DST´s (meu conteúdo com o 2° ano é Saúde), falei em português bem claro que não existem mais desculpas pras meninas ficarem grávidas e pros casais não se protegerem por conta da distribuição gratuita de preservativos e algumas outras informações para prevenção tanto da gravidez quanto das doenças...
    A abordagem a meu ver, tem q ser o menos técnica possível pois o vocabulário técnico é algo totalmente fora do contexto deles... Temos que trazer a discussão pro nível deles, pro linguajar deles... Acredito que tenha conseguido passar minha mensagem de forma clara naquela aula...
    Concordo com o professor que temos também que trazer os pais para essa discussão, afinal a vida deles também é modificada quando a filha fica grávida...
    E outras temas que também fazem parte desse contexto também devem ser tratados... Acredito que assim conseguimos atingir mais alunos e conscientiza-los cada vez mais... Baby steps e chegaremos lá...

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  5. Boa tarde, caros colegas!

    Ano passado, quando trabalhávamos o tópico debate, o 8º ano realizou um trabalho sobre "Gravidez na adolescência".

    Como eu já previa, os jovens sabem o discurso da prevenção na ponta da língua, sejam eles meninos ou meninas, mas, quando eu perguntei de maneira enfática: "Meninos, alguém aqui usa camisinha?", ouvi um uníssono "Não".

    Estudos comprovam que a questão da prevenção da gravidez é cultural. Os postos distribuem camisinhas; as escolas trabalham a questão cotidianamente; as religiões, cada uma a seu modo, apresentam os seus pontos de vista acerca do fato; além dos inúmeros exemplos que esses jovens vivenciam e observam no convívio familiar e social.

    Como mencionado, por se tratar de uma questão cultural, a responsabilidade ainda recai sobre a mulher. e, para mudar essa realidade, torna-se necessário um maior investimento em políticas públicas relacionadas à saúde sexual e reprodutiva dos adolescentes de ambos os sexos, articuladas a diferentes áreas, educação, assistência social e saúde.

    Grande abraço, Silvia

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  6. Olá, pessoal.

    Em ciências, o currículo trabalhado no 8° ano é o corpo humano, e por conseguinte, abordamos a questão do sistema reprodutor feminino e masculino, bem como questões voltadas para o sexo, a sexualidade, virgindade, e alguns tabus levantados nas aulas pelos próprios alunos.

    Entretanto, quando tocamos no assunto "gravidez/gravidez na adolescência", o que sempre preocupa é perceber que a sociedade transfere a responsabilidade de preveni-la para a mulher, eximindo a figura masculina caso a gravidez ocorra.

    Questionando os alunos sobre métodos contraceptivos, quais eram de maior popularidade entre os jovens, se eles sabiam usar ou onde encontrar, se conheciam a gratuidade de preservativos e pílulas pela rede pública de saúde, obtive uma grande repercussão positiva. Os nossos alunos estão muito bem informados sobre a prevenção de uma gravidez indesejada e dst's.

    Conhecer os métodos não significa usa-los. Os jovens estão muito despreocupados com uma possível gravidez, em especial. Faz-se necessária uma maior política pública de conscientização da população que já se encontra em idade reprodutiva através de campanhas publicitárias; no âmbito educacional, sugiro palestras, trabalhos em conjunto com os professores da disciplina ciências e biologia, uso de filmes e seminários em data show cujo objetivo seja atentar para os perigos, problemas e resultados de uma gravidez indesejada e contaminação por uma das inúmeras dst's conhecidas.

    Por último, salientar que a responsabilidade de uma prática sexual sem proteção é do casal, não apenas da mulher, pois a mesma têm buscado seu valor na sociedade, lutado por justiça social e direitos iguais, e que o filho, caso venha, é dos dois, não apenas da mulher.

    Abraços,

    Janaina.

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  7. Há sempre a opção de se fazer debates com os alunos ou chamar alguém para dar palestras sobre o assunto em questão. As alternativas são realmente boas. Mas acredito que uma outra opção poderia ser interessante: promover uma conversa com as alunas que já tiveram filho ou com os alunos que são pais, para que eles pudessem contar como é a rotina deles. Já conversei com meninas grávidas ou que já são mães dos turnos da manhã e da noite e a grande maioria se mostra arrependida. Dizem que se pudessem voltar no tempo, a situação seria outra.
    A intenção não é colocar estes alunos em evidência, muito menos constrangê-los, mas colocá-los numa posição de tentar dar exemplos de como é difícil trilhar pela opção escolhida: não se prevenir e consequentemente gerar uma gravidez indesejada. Projetos paralelos podem ser trabalhados, mas ainda sim ratifico a ideia do compartilhar conhecimentos entre eles, num objetivo de crescimento mútuo.

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  8. Acredito que desenvolver a educação sexual pela escola proporcionando conhecimentos e informações aos alunos é essencial para se evitar a gravidez na adolescência, é essencial também dar voz e respeitar os alunos.
    É necessário ajudar os adolescentes a ampliarem a sua capacidade de posicionamento e informação frente ao que surge em sua vida, e campanhas educacionais nessa área exigem seriedade e persistência, mas, sobretudo, devem usar a linguagem certa para serem eficazes.
    Para evitar uma maternidade precoce a escola pode utilizar algumas medidas de conscientização dos jovens fazendo com que eles pensem no futuro:

    - Promover oficinas práticas sobre os meios contraceptivos e a maneira correta de usá-los;

    - Envolver os estudantes para que se tornem agentes multiplicadores;

    - Desenvolver materiais informativos com os alunos, envolvendo-os em trabalhos e pesquisas;

    - Aproveitar as situações que aparecem no dia a dia para falar sobre prevenção;

    - Estimular os jovens a formular idéias sobre o tema.

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  9. Primeiramente devemos expor esse assunto de forma ampla,aos nossos alunos. Muitos estudos indicam que, quanto mais informações colher a respeito de sexo e gravidez, eles estarão mais bem preparados para tomar as decisões mais corretas em relação ao tema. E a internet é uma ótima ferramenta de pesquisa. Nela encontramos vários sites confiáveis, que oferecem informações úteis e de qualidade sobre sexo e gravidez precoce.
    Para evitar uma gravidez indesejada, é preciso saber como ela ocorre e como tomar as precauções necessárias. Existem muitos mitos sobre como se pode engravidar. Se eles conhecerem a verdade dos fatos, serão muito mais capaz de proteger-se.
    Não queremos soar como aquelas pessoas muito radicais, mas também precisamos lembrar que, em um relacionamento, é bom deixar que as coisas aconteçam no seu devido tempo. Embora o sexo seja divertido e nos faça sentir bem, ele traz um monte de complicação e uma carga muito grande de responsabilidade.
    Há muitas formas de chamar a atenção para esse assunto.Juntos podemos desenvolver um belo projeto, onde cada professor ficaria responsável por um determinado tópico desse assunto.

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  10. Cabe destacar que a gravidez precoce não é um problema exclusivo das meninas. Não se pode esquecer que embora os rapazes não possuam as condições biológicas necessárias para engravidar, um filho não é concebido por uma única pessoa. E se é à menina, que cabe a difícil missão de carregar no ventre, o filho, durante toda a gestação, de enfrentar as dificuldades e dores do parto e de amamentar o rebento após o nascimento, o rapaz não pode se eximir de sua parcela de responsabilidade. Por isso, quando uma adolescente engravida, não é apenas a sua vida que sofre mudanças. O pai, assim como as famílias de ambos também passam pelo difícil processo de adaptação a uma situação imprevista e inesperada.
    Diante disso cabe nos perguntar: por que isso acontece? O mundo moderno, sobretudo no decorrer do século vinte e início do século vinte e um vem passando por inúmeras transformações nos mais diversos campos: econômico, político, social.
    O risco de morte materna relacionada com a gravidez e o parto em adolescentes entre os 15 e os 19 anos de idade representa cerca de 70 mil óbitos por ano. Nas adolescentes com menos de 15 anos de idade, esses riscos são consideravelmente mais elevados. Elas têm mais probabilidades de morrer no parto do que as mulheres que se encontram na casa dos vinte anos.
    A pobreza é um fator que limita o ser humano a ter condições diferenciadas e de acesso aos serviços, por isso ela aparece na estatística. “É preciso trabalhar com os jovens sobre as consequências para suas vidas”, devemos defender a maior expectativa em relação às questões profissionais para evitar a gravidez das jovens. “É preciso recuperar a baixa escolaridade acompanhando a criança desde o início.

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  11. Acredito que o assunto deva ser trabalhado diversas vezes ao longo do ano com os alunos e com os pais durantes as reuniões. Sempre que possível converso com os meus alunos a respeito desde um bate papo em sala de aula, desde aquela aluna que recorrer a mim para entender como se deve tomar o anticoncepcional.
    Acredito que poderíamos desenvolver um projeto voltado com a responsabilidade dos meninos para a criação dos de seus filhos, não só o custo, mas as relações afetivas e as obrigações. Pois, todos sabemos que nossa sociedade é extremamente machista e toda responsabilidade recaí sobre a menina... ela que cuida, que cria laços e que estigmatizada pela sociedade.

    Sendo assim, poderíamos desenvolver trabalhos que mostrem o custo de se criar uma criança, e mostrar que é muito mais barato se prevenir de uma gestação não desejada, fora a questão das DSTs.

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  12. Seria interessante criar metodologias que facilitem o ensino desses temas e permitam maior interação por parte do aluno. Um método que peguei em um artigo é:
    Dividir os alunos em pequenos grupos. Eles terão que montar uma esquete (pequena peça ou cena dramática) a ser apresentada em sala de aula para os outros alunos. Talvez os alunos precisem pesquisar mais para o conteúdo correto da esquete, para isto indicamos algumas páginas. A atuação do docente é essencial para o correto encaminhamento da atividade. O professor define os temas, e os alunos escolhem um dos temas a ser representado. Por exemplo:
    a) Um casal de namorados adolescentes que engravidam. Os problemas que enfrentarão (contar para os pais, a responsabilidade de ter um filho, etc...)
    b) Grupo de meninas discutindo sobre quando é a hora certa para ter a primeira relação sexual, versus grupo de meninos discutindo o mesmo tema. O professor deverá instruir o grupo quanto à diferentes posicionamentos, pontuando o porquê destas diferenças, encaminhando da maneira mais ética possível. A intenção é prevenção da gravidez e não o incentivo à iniciação sexual precoce.

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  13. Um trabalho de conscientização em sala de aula é sempre importante, porém acredito que exemplos reais, relatos, poderiam surtir um efeito melhor em nossos alunos. Penso que poderíamos convidar alunas e alunos adolescentes que já são mães e pais (os que são conscientes de que ter um filho na adolescência não é uma brincadeira) para falarem um pouco de suas experiências, de como suas vidas mudaram etc. Além disso, poderíamos também convidar um profissional de saúde de algum posto da proximidade para orientar os alunos a respeito de métodos contraceptivos.

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  14. Uma gravidez não planejada gera um transtorno na vida do casal,quanto mais na vida de adolescentes,que não estão preparados para esta nova etapa da vida. Como já foi aqui exposto,cabe ao professor dialogar na linguagem dos alunos,trazer exemplos reais,se possível palestras com pessoas que foram mães cedo para que assim eles possam assimilar o quanto é importante este assunto,ainda mais agora nesta situação em que não só o estado mais todo o país enfrenta esta epidemia,onde muitos casais estão adiando a gravidez.

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  15. Sempre converso com meus alunos sobre tal tema , mas como sempre eles não se importam muito.Em 2013 teve uma médica na sala de aula conversando com os alunos sobre doenças sexualmente transmissíveis e gravidez na adolescência, eles gostaram muito, fizeram várias perguntas , umas bizarras , outras interessantes . Bem, se conseguíssemos trazê-la de novo seria uma boa ideia.

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  16. Olá, pessoal!

    Este é um tema que precisa ser trabalhado constantemente. Mal o ano letivo começou e já me deparei com alunas grávidas na sala de aula. Se as ideias que estão sendo apresentadas aqui forem postas em prática pela escola e seguidas pelos alunos, talvez não tenhamos novos casos no decorrer do ano... Porém, acho pouco provável. Como já foi dito aqui, eles já têm bastante conhecimento teórico... Fica difícil reduzir a incidência de gravidez na adolescência com todo o apelo sexual que encontramos na mídia. O ideal mesmo seria a abstinência sexual! rsrs Evitaria a gravidez e uma série de DST's. Mas isto é utopia, eu sei! Concordo com a Claudia Borburema (pensei a mesma coisa!)de apresentar depoimentos de adolescentes, meninos e meninas, que tiveram seus planos de futuro alterados pela chegada de um bebê! Quantos projetos adiados... Acho que o caminho é por aí... Se for constrangedor para algum/alguma aluno/aluna contar sua história, existem programas de TV que tratam do tema e que poderão ser exibidos na sala de aula. Todo esforço é válido nesta campanha!
    Ainda tem o Zika vírus para nos assombrar!!!

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  17. Confesso não saber como trabalhar o tema além do que já é trabalhado. Estava em sala de aula quando houve uma maravilhosa palestra, acho que em 2013, com participação ativa dos alunos, porém uma das alunas mais atuantes engravidou no ano seguinte. Não acredito que seja falta de informação. O problema é muito maior. Um filho na adolescência atrapalha o futuro apenas dos que vislumbram um futuro. Quantos dos nossos alunos se interessam em Enem / faculdade? Para os outros é um caminho normal ficar em casa sem profissão e cuidando do filho. São gerações perdidas. Quanto ao ponto de responsabilizarmos apenas as meninas, me chamou muito a atenção qnd tivemos que relatar o nome das alunas grávidas no diário. Questionei o pq de não precisarmos relatar o nome dos alunos meninos que estavam com as namoradas grávidas, não recebi uma resposta convincente. Estou disposta a colaborar nos esforços, mas não tenho sugestões no momento.

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  18. Encontrei um texto sobre o tema "Gravidez na Adolescência" que considero interessante para ser usado para iniciar um debate sobre o tema em sala de aula.
    Segue o link:
    http://www.infoescola.com/sexualidade/gravidez-na-adolescencia/

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  19. Eu vou na contramão de alguns colegas, mas acho que no final, o que queremos é o melhor para nossos alunos e nossas alunas.

    Eu acho este um tema mais que pertinente. Mas a gente precisa abordá-lo de maneira não inocente, ou seja, com dados! Não adianta a gente especular, por exemplo, que os planos dos/das adolescentes foram adiados em função de uma gravidez. Será?

    Gostaria de problematizar três pontos e deixar para a nossa reflexão:

    [ 1. O que queremos dizer com "gravidez na adolescência"? ]

    ---- Pergunto isso porque é preciso que a gente discuta esses conceitos que parecem tão naturais. "Adolescência", por exemplo, é um deles. Parece que sempre existiu adolescência e que ela é natural em todo canto do mundo. Não é. Até o século XIX não existiam "adolescentes". Eram crianças que simplesmente passavam para a fase adulta. Basta lembrar dos meninos que, para "virarem homens" (adultos, portanto), eram levados a bordéis para serem iniciados por meretrizes. Alguém ousa levar o filho ao prostíbulo para tanto? Como essa questão fica em tempos de pedofilia, por exemplo, ou de atentado ao pudor? No Japão, até hoje, essa coisa de "adolescente" é meio balela. Adolescente é o mesmo que jovem? Segundo a OMS, adolescente compreende a fase entre 10 e 19 anos. No ECA, de 12 a 18 anos. Na Política Nacional da Juventude, jovem é quem está entre 15 e 29 anos. Para o Ministério da Saúde, jovens e adolescentes vão de 10 a 24 anos. DE QUEM NÓS ESTAMOS FALANDO, AFINAL?
    ---- Outro termo problemático é "gravidez". Pode parecer que não, mas muita gente usa gravidez e maternidade como sinônimos, quando não são! Na verdade, gravidez é um termo mais amplo que inclui alguns tópicos como maternidade, paternidade e aborto. Infelizmente, no senso comum, quando tratamos de gravidez, apagamos inconscientemente a paternidade e o aborto da roda de conversa. E aí concordo com o Cláudio: é preciso se falar também em paternidade, porque ninguém faz filho sozinhA. Além disso, enquanto nós delegamos à esferas religiosas a discussão sobre o aborto, ele acontece cada vez mais perto de nós. E a gente finge que isso não faz parte da escola. O desfecho de uma gravidez pode OU NÃO ser a maternidade ou a paternidade. VAMOS DISCUTIR ISSO TAMBÉM?

    (continua...)

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  20. [ 2. Por que cada vez mais meninas jovens engravidam (e cada vez mais cedo)? ]

    ---- Se a gente for examinar as taxas de fecundidade, vamos observar que tradicionalmente o grupo que apresenta maiores taxas de fecundidade são as mulheres de 25-29 anos ou 30-34 anos. O que hoje é considerado um padrão tardio de reprodução. A partir da década de 1980, um leve aumento da fecundidade nas meninas de 15-19 anos aconteceu. Pouco significativo estatisticamente, se comparado à sensação atual de que as adolescentes estão parindo a torto e à direita. Por que essa sensação? Isso tem a ver com a queda acentuada da taxa de fecundidade da população feminina nas últimas quatro décadas. O censo de 1970 aponta que o padrão era de 5,76 filhos por mulher. Em 2006, a Pesquisa Nacional sobre Demografia e Saúde revela o índice de 1,8 filhos por mulher. Essa queda tem a ver com transformações sociais importantes, como a mudança do planejamento familiar, da expectativa das mulheres e com o aumento da esperança de vida da criança ao nascer (queda da taxa de mortalidade infantil), a partir da década de 1980. Resumindo, não é que as jovens hoje estão tendo mais filhos, mas são as mulheres adultas, em geral, que reduziram sua expectativa de reprodução, acentuadamente.
    ---- Quantas meninas grávidas temos na escola? Sei que é possível ter dados sobre isso, porque eu mesmo já fui pesquisar e esses dados existem. E quantos meninos grávidos temos? Quantos adolescentes são pais "precocemente"? Ah, sim, eu conheço Fulano de Tal que... OK, vamos aos números. Quantos? Dados estatísticos! Estamos mais preocupados com a fiscalização da maternidade do que a da paternidade, vamos assumir isso! Em parte por demandas de políticas governamentais, como a da GIDE, que tornou essa questão um tópico de avaliação. Mas em parte porque, inconscientemente, a gente vigia muito mais o corpo da mulher, que o do homem. Junto com a fama de irresponsável, essa menina ganha algumas outras, cujos termos não me permitiriam relatar nesse espaço público aqui. Vigiamos tão somente a gravidez delas ou essa gravidez apenas torna expoente algo de que temos pavor: o fato de que essas meninas... TRANSAM!!!!

    (continua...)

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  21. ---- Minha avó teve 5 filhos (sobreviventes), mas chegou a abortar espontaneamente gêmeos. Logo ela está ainda acima daquela taxa de 5,76 filhos por mulher. Ela engravidou assim que casou, aos 16 anos. E nunca foi escândalo ou visto como parte de uma epidemia o fato de ela ter sido mãe aos 17. Assim como ela, muitas outras mulheres engravidavam aos 13, 14, 15 anos. E com homens muito mais velhos, muitas vezes! Por que a gravidez jovem/adolescente nos choca tanto? Inédito, pelo menos, o fato (gravidez na adolescência) não é. Será que não estamos depositando nessa garotada uma expectativa que eles/elas não têm? Será que não tá demasiadamente consolidado na nossa cabeça que o caminho correto é estudar -> se formar -> trabalhar -> reproduzir? Será este mesmo o caminho que todos os jovens e adolescentes possuem, nas mais variadas camadas sociais, nas mais variadas etnias? Pesquisas tem apontado - Ver o livro "Transição para a vida adulta ou vida adulta em transição?", de A. A. Camarano (IPEA, 2006) - que a passagem para a vida adulta é encurtada principalmente em setores menos favorecidos da sociedade, principalmente com o nascimento de um/a filho/a. A chegada de um/a bebê representaria um dos elementos centrais para essa passagem para a identidade ou o status de adulto (tanto para moças quanto para rapazes). É como se o/a filho/a garantisse a essa/es jovens o passaporte para ter uma família, para assegurar seu planejamento familiar, para ter uma vida mais estável, para se destacar dos/as colegas meramente adolescentes. Principalmente se levarmos em conta o caos familiar onde essas/es adolescentes nasceram. Nesse sentido, cai por terra a ideia de gravidez "precoce" ou "indesejada", porque - pelo menos segundo os dados coletados - grande parte do número de gravidezes foi desejada, sim. E, além disso, como a gente fala sempre em gravidez na adolescência, nunca se sabe que adolescência é essa. A faixa das meninas que mais engravidam pela 1ª vez é 18/19 anos, e não as meninas de 15, por exemplo. Homens são os 18 anos, com larga vantagem. Quem se interessar, veja FONTE: Pesquisa GRAVAD, 2002. POPULAÇÃO: Jovens de 18 a 24 anos, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Salvador.

    (continua...)

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  22. [ 3. Por que esses/as meninos/as engravidam cedo com tanto acesso à informação que se tem hoje? ]

    Bem, já problematizei esse "cedo", então não vou me estender nisso aqui. A questão a ser debatida é: qual tem sido o papel da escola na oferta de informação a respeito de gravidez, juventude, parentalidade, gênero, sexualidade? Em tempos sombrios, onde o discutir gênero e sexualidade na escola se torna proibido por lei, como vimos recentemente em Nova Iguaçu, lidar com isso é cada vez mais complicado, e se não enfrentarmos esse desafio de forma consciente, ousada, capacitada e aberta, essa gente retrógrada vai engolir a gente! Sabe por que? Porque paira no senso comum a ideia de que se falarmos de sexo para crianças/adolescentes/jovens, esse público vai sair da sala de aula fazendo sexo até com as paredes! Por outro lado, enquanto fingimos que eles são castos e que a escola não é responsável por lidar com esses temas mais polêmicos - mas tão somente com prevenção e saúde - as ideias que abastecem os dados sobre gravidez, DST, Aids etc, só vão aumentar, porque a raiz da questão não está sendo discutida. E qual a raiz da questão, VAMOS DISCUTIR?
    ---- Em parte a raiz da questão está na própria escola, que só lida com sexualidade a partir do aspecto da doença. Gente, os alunos estão cansados de que associemos sexo a doença. E, honestamente, eles não querem mais ouvir isso. E não é porque possuem uma tendência natural à ignorância, não. É porque eles simplesmente querem transar e tudo o que a gente tem a dizer sobre isso é a dúzia de doenças que esse desejo acarretará potencialmente. Acho que em primeiro lugar precisamos nos abrir a tocar em outras dimensões da sexualidade, como: (perda da) virgindade, tesão, desejo, expectativa familiar, insegurança, AMOR... Proponho que façamos uma pesquisa sobre a primeira relação sexual, segmentada para homens e mulheres:

    1. Quando ela aconteceu, você queria...
    (a) que acontecesse logo
    (b) que acontecesse mais tarde
    (c) não pensava muito no assunto

    2. Principal motivo para ter a relação:
    (a) curiosidade
    (b) tesão
    (c) amor
    (d) medo de perder a/o parceira/o
    (e) vontade de perder a virgindade

    3. Tempo entre o encontro e a primeira relação:
    (a) o mesmo dia
    (b) até uma semana
    (c) até um mês
    (d) até quatro meses
    (e) até um ano
    (f) mais de um ano

    Essa pesquisa não é da minha cabeça, ela existe (GRAVAD, 2002), e acho mais que oportuno que saibamos o que pensam os nossos alunos e as nossas alunas em se tratando de sexo. A gente conversa, bate-papo, mas dados concretos, reais, honestos e gerais, sinceramente, nós não possuímos. Acho que chegou a hora de produzi-los.

    (continua...)

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  23. ---- Além disso, é preciso discutir sexualidade e gênero, SIM, não apenas gravidez. Porque grande parte dos índices de gravidez se relacionam às expectativas distintas de gênero. Por exemplo, a iniciação das/dos adolescentes ocorre mais tarde do que a gente acha que ocorre, a maioria fala mais do que faz. Mas a iniciação do rapaz em geral é mais cedo que a da moça. Então, no senso comum, paira a ideia de que os rapazes possuem maior experiência sexual que as meninas. Quando a coisa tá lá no pega-pra-capar, o fantasma do "Se eu souber muito de sexo serei a piranha da escola, do bairro, da vizinhança" ronda a cabeça da grande maioria das garotas. Quando isso acontece, elas acabam transferindo para os rapazes a responsabilidade de conduzir o ato propriamente dito. Estes, por sua vez, mais preocupados com sua reputação e desempenho sexual, pouco ou nada estão dispostos a negociar preservativos, por exemplo. Acreditam que camisinha só se usa com periguete, com prostituta, com mulher "experiente", "da rua". Se lembrar da aula na escola sobre a possibilidade de pegar DST acabará brochando, porque fazer sexo com MEDO de doença é uó! E, como são jovens e imaturos, descartam o preservativo. Elas por confiarem no parceiro, ou por amarem, ou por medo de perdê-lo. Eles, por curiosidade, por despreocupação, por medo da brochada e, por incrível que pareça, POR INEXPERIÊNCIA mesmo! Garotos se iniciam mais cedo, no geral, lembram?

    ----

    CONCLUINDO

    Penso que a escola precisa estar antenada com a questão da gravidez na adolescência, sim. E considerar que falar de gravidez é também falar de maternidade, paternidade e aborto. É preciso entrar nesse assunto com conhecimento científico, deixando de lado nossas convicções morais e religiosas sobre sexualidade e gênero. Mais que isso, é preciso considerar que vivemos tempos obscuros em relação a essa temática, e somente um diálogo franco e aberto com essas/es adolescentes poderá ajudá-las/os em relação ao futuro que pretendem construir. Nesse sentido, urge que tratemos deste tema para além da prevenção e da saúde, que são importantes, óbvio, mas que estão longe de ser novidade na escola. É preciso ir mais a fundo, mergulhar na esfera do desejo, do prazer, do tesão, da confiança, da insegurança e do amor, que são sentimentos que permeiam a vida dos/as jovens e adolescentes, e de todos nós, sejamos sinceros/as. Quando nós transamos, imagino que a questão da saúde e da prevenção sejam algumas de nossas preocupações, posto que somos adultos conscientes 9eu acho rsrsrs), mas estão longe de esgotar o universo que nos impele a entrar em contato com a/o outra/o através do sexo. Se nós, cheios/as de preocupação, trabalho, problema, gostamos de ter nossos desejos correspondidos, saciados, realizados, imaginem aquelas/es para quem o Eros ainda está em fase de construção e descoberta! Fica a dica.

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  24. A gravidez na adolescência faz parte de uma problemática social que há de ser levada à sala de aula de maneira menos conceitual, reciclando a ideia de educação sexual e passando a explorar relatos empíricos de adolescentes e/ou adultos dispostos a expor experiências e aproximando nossos alunos da realidade de ser pai ou mãe.
    O índice de adolescentes grávidas cresce em concomitância com o número de propagandas do Ministério e Secretarias de Saúde acerca de métodos contraceptivos e doenças sexualmente transmissíveis, o que constata a ineficácia estratégica de falarmos teoricamente sobre o assunto.
    O relato de vida contextualiza situações como a falta de suporte familiar, fragilidade socioeconômica, características de uma gestação problemática, ausência de maturidade física e mental, dificuldades para concluir os estudos, falta de perspectiva acerca da própria vida, entre outros aspectos importantes de conscientização.
    Em suma, são as escolas e seus profissionais de educação trabalhando para disponibilizar um espaço de discussão que aproxime seus alunos das dificuldades e riscos pelos quais uma gestante pode passar, trazendo-os à reflexão e ao autojulgamento de suas atitudes.

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  25. Olá pessoal!
    Considero o tema gravidez na adolescência muito importantante para ser abordado ao longo do ano.
    Seria interessante fazer essas intervenções juntamente com a comunidade escolar.
    Precisamos conhecer essas famílias pois elas retratam os nossos alunos, muitas atitudes de nossos alunos.
    Ano passado em um colégio no RJ onde leciono perguntei a uma aluna de 15 anos, do 1° ano do ensino medio, se ela tinha escolhido engravidar ou se tinha sido por descuido. Ela me respondeu que foi escolha dela porque sua mãe todos os dias saia de manhã e deixava ela tomando conta dos irmãos menores, um de alguns meses um de 2 anos e um de 4 anos. E quando essa mãe chegava em casa não deixava mais essa menina decidir sobre os irmãos. Ela relatou que quando sua mãe chegava ela perdia " seus brinquedos" e assim decidiu ter o seu próprio "brinquedo".
    A outra aluna decidiu engravidar porque sua mãe e sua avó foram mães aos 14 anos e ela queria seguir o padrão de sua família pois achava correto.
    Muitas vezes as histórias dentro das famílias se repetem ou estão muito mais além do que um simples descuido ou falta de informação.
    Poderíamos fazer vários trabalhos em cada turma depois pegar as séries em comuns e fazer um trabalho maior, posteriormente expandir esse trabalho para toda a escola fazendo uma culminância com a participação de todos os alunos e seus familiares.
    Precisamos atuar além do âmbito escolar para criarmos disseminadores do assunto, cada um na sua família, na sua rua, no seu bairro...e assim darmos a devida abrangência e importância que esse assunto requer.

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  26. A questão da gravidez na adolescência tem de ser discutida levando-se em consideração a figura paterna. Ninguém faz um filho sozinho e a sociedade não pode culpar unicamente a menina e eximir o menino da gravidez precoce.
    Professor Julio César

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  27. A adolescência é uma fase em que o indivíduo sofre uma maior vulnerabilidade, alterações e confusões. É preciso que haja um trabalho constante de conscientização.Eu sugiro que a a turma seja dividida em grupos e que cada grupo fique responsável por entrevistar uma pessoa que tenha engravidado na adolescência. Os resultados dessa entrevista seriam levados para a sala de aula com a finalidade de debater o tema e suscitar reflexões.

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  28. Bom!Penso que seria legal iniciar o tema perguntando o que todos gostam de fazer durante seu tempo livre e o que todos esperam para o futuro. A partir daí, a pergunta: Vocês conseguiriam fazer tais coisas se tivessem um filho?, Com quem vocês deixariam a criança para fazer tal coisa?, e se o pai não assumisse o bebê? Enfim, fazer um debate com os alunos e pedir como tarefa de casa que eles entrevistassem alguém conhecido que estivesse passando pela situação para relatar na aula seguinte.

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  29. A carência de políticas de assistência a menores com relação à prevenção da gravidez na adolescência, agora aliada à nefasta influência de diversas correntes de orientação religiosa que se faz presente em um tema que deveria ser laico, causa terríveis traumas na vida de milhares de jovens em todo Brasil. Assim, a gravidez precoce, sobretudo entre adolescentes das classes sociais mais baixas e, portanto, com menos acesso à informação e aos cuidados no sentido de evitá-la, além dos riscos relacionados à prevenção das Doenças Sexualmente Transmissíveis, DST, vem sendo tratada, desde sempre, como um problema menor pelas autoridades, até mesmo em governos de perfil mais assistencialista.

    A evidente fragilidade dessas mães tão jovens e imaturas não deixa dúvidas de que não há qualquer aspecto positivo na gravidez na adolescência. Estatísticas comprovam que a grande maioria dessas jovens recebe pouco ou nenhum apoio por parte de suas famílias, realidade facilmente observada nas ruas das metrópoles brasileiras, onde há milhares de crianças circulando sozinhas e expostas a graves riscos sociais, quase invariavelmente filhos dessas mães precoces. E, mesmo para aquelas que podem contar com a assistência da família, na maioria dos casos a jovem abandona os bancos escolares para cuidar da criança e, dessa forma, causa evidentes danos irreversíveis ao seu futuro profissional, muitas vezes anulando-o.

    Face a tal realidade, e no sentido de buscar soluções para mitigar este gravíssimo problema, faz-se necessária e urgente a implantação de campanhas agressivas específicas voltadas para este público, os adolescentes de ambos sexos, no sentido de informá-lo de forma intensiva, massiva mesmo, acerca dos riscos e prejuízos aos quais estes e estas jovens estão expostas. Tais iniciativas são essenciais se queremos um país mais justo e melhor para todos.


    eduardo de Almeida Lopes

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  30. Isso pode ser repetitivo, mas não tem jeito, a melhor maneira é através de um debate. Levar uma pessoa que passou por tudo isso para contar sua experiência de vida na sala de aula. Contar suas privações, os problemas devido a falta de maturidade, e recursos (apoio da família ou não). em seguida, seria realizado um debate com todos para falar sobre o assunto.

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