Dando início ao nosso blog, trazemos dois artigos para serem lidos e debatidos por todos os participantes do blog. Um dos temas mais constantes em conversas entre profissionais da educação é o desinteresse dos alunos pelo estudo. Selecionamos dois artigos que devem ser lidos na íntegra para que possamos iniciar nossa discussão. Nessa discussão deverão ser retirados trechos dos artigos e a aprovação ou discordância sobre os mesmos. Sugestões de como reverter essa situação são pontos que não devem ser esquecidos pelos participantes.
http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/eu-estudante/ensino_educacaobasica/2013/06/25/ensino_educacaobasica_interna,373237/estudo-revela-motivos-para-o-desinteresse-de-estudantes-pelo-ensino-medio.shtml
http://revistaescola.abril.com.br/formacao/adolescentes-entender-cabeca-431429.shtml
Conforme mencionado no texto, "Segundo os especialistas, aproximar a escola do universo dos alunos seria o maior desafio". Porém, essa aproximação decorre, dentre outros fatores, da aproximação da família, que, como o próprio texto menciona, com projetos que envolvam a comunidade.
ResponderExcluirOs modelos de formação e os currículos são apontados como grande vilões, mas a participação da família na educação é imprescindível. E o que se observa atualmente é a familia, não só afastada da escola, mas também apresentando um juízo de valor excludente, sem valorizar os estudos e sem reconhecer a escola como elemento de mudança social.
A escola precisa auxiliar a família a reconstruir seus valores, pois os pais e responsáveis têm um papel relevante na formação dos estudantes.
É verdade Silvia, a escola precisa muito mais dos pais responsáveis nesse momento de crise, do que somente do contingente. Ótima observação. Adorei.
ExcluirEstou impressionada com as explicações Neuropsicológica, acerca da gravidade dos problemas da educação atual. Ora a culpa é dos pais, ora do educador que trabalham na mesmice. Enquanto a tecnologia inovadora avança em todos os sentidos, a boa convivência regride. Se a escola é o primeiro local de convivência com o diferente, a visão do outro no mundo contemporâneo, torna- se o maior dos desafios, principalmente em sala de aula, a inversão de valores, remete o adolescente a responder com agressividade o que simplesmente ele não se dispõe a ouvir. É amigos, não existe fórmula mágica, ciência, muito menos religião pra melhorar essa realidade, compete somente a nós educadores sabermos qual a melhor maneira de representarmos o papel ao qual fomos designados. Ou seja, simplesmente levar o nosso trabalho a sério, como agente transformador. Caso obtenhamos bons frutos refletidos nos alunos, só o empenho deles, pode dizer.
ResponderExcluirFiquei impressionado com a afirmação de que os alunos não possuem interesse em literatura, pois sempre acreditei que eles tinham grande interesse nisso, pois é o que mostram os nossos alunos, ao utilizarem frequentemente a biblioteca.
ResponderExcluirAcredito que a utilização da tecnologia é uma grande ferramenta para o ensino da matemática, pois posso trabalhar funções afins, quadráticas e não ficar somente preso a essas funções, mas trabalhar funções com um grau maior do que 2, sem falar no ensino do circulo trigonométrico, tão complicado de trabalhar , pois envolve congruência de triângulos .Um software facilita MUITO essa apresentação para os alunos, sem falar que eles podem trabalhar no software livremente!
Nosso colégio necessita de um laboratório de informática para que nossos alunos trabalhem usando os seus conhecimentos com a nossa ajuda para assimilar de uma forma mais atrativa os conteúdos trabalhados.
Att.,
Pedro Paulo.
Concordo com você, Pedro! Sim, os alunos se interessam por literatura. Eles não se interessam pela literatura que vai cair na prova. Porque eles ODEIAM prova. Eu não quero mais dar prova pra aluno, por mim eu abolia esse negócio. Convenhamos, chato pra elaborar, chato pra fazer e chato pra corrigir!!! Aff...
ExcluirApós a leitura dos seguintes textos, Adolescentes - Entender a cabeça dessa turma é a chave para obter um bom aprendizado e Estudo revela motivos para o desinteresse de estudantes pelo ensino médio, foi possível chegar a determinadas conclusões como: Os textos foram escritos por profissionais que estão fora da sala de aula, ou seja, não convivem com a realidade de uma sala de aula de escola pública, onde as turmas são lotadas e não há infraestrutura física e tecnológica; A culpa do desinteresse e outros problemas são atribuídas a escola, botando o aluno como vítima, deixando de lado o fator mais importante que é o ambiente familiar, este sendo tocado pelo primeiro texto apenas para reafirmar o adolescente em quanto vítima mais uma vez; O segundo texto argumenta que os alunos sabem e dão importância para um diploma, discordo, grande parte dos alunos estão em sala porque são obrigados, afim de receberem mesadas e/ ou bolsa família, não por entenderem a importância de estudar; E o único ponto relevante em ambos os textos foi a questão de aproximar os conteúdos do cotidiano do aluno, algo já trabalhado nas escolas, mas que ainda sim não atraem em grande parte o interesse do aluno.
ResponderExcluirEm suma, os textos são na verdade discursos demagógicos, escritos por profissionais que ficam somente nas teorias pedagógicas e que não conhecem de fato a atual sala de aula das redes públicas, e nem de longe os reais problemas que levam ao desinteresse dos alunos. Em quanto profissional atuante na sala de aula possuo a seguinte opinião, os alunos encontram-se desinteressados pela escola, pois em seus ambientes familiares a mesma não é vista como algo importante para a vida, sendo apenas um depósito de crianças e adolescentes, isso ocorre em função do despreparo e falta de estrutura familiar, pois a atualmente a família vem se isentando do papel de educar, transferindo o mesmo para escola, invertendo assim os papéis. Deste modo, a possível solução seria buscar trazer a comunidade para a escola e trabalhar com os responsáveis a ideia da importância dos estudos na vida dos seus filhos, através de oficinas atrativas.
Prof.ª. Diana Barbosa.
Concordo com você Diana, os textos são escritos por pesquisadores que não estão em sala de aula!
ExcluirQuando um pesquisador diz que "O jovem quer experimentar tudo, viver tudo, saber de tudo. Só que tem sempre um adulto dizendo o que ele não pode fazer. Mesmo que essas sejam orientações sensatas, é preciso compreender que sensatez ainda não é uma qualidade que eles valorizam. O adulto é quem impede as coisas que dão prazer. Por isso a resistência ao que vem do professor ou dos pais (e nisso se inclui o conteúdo escolar). Antes de começar a aula, por que não bater um papo rápido sobre algo que interessa à moçada? Aberto o espaço, os jovens baixam a guarda e percebem que para tudo tem hora.", eu me questiono: esta pessoa já experimentou esse recurso?.
A fonte do desinteresse, como está sendo amplamente debatido neste fórum, é muito mais profunda.
Abçs, Silvia Bonini
Concordo com você Diana, os textos são escritos por pesquisadores que não estão em sala de aula!
ExcluirQuando um pesquisador diz que "O jovem quer experimentar tudo, viver tudo, saber de tudo. Só que tem sempre um adulto dizendo o que ele não pode fazer. Mesmo que essas sejam orientações sensatas, é preciso compreender que sensatez ainda não é uma qualidade que eles valorizam. O adulto é quem impede as coisas que dão prazer. Por isso a resistência ao que vem do professor ou dos pais (e nisso se inclui o conteúdo escolar). Antes de começar a aula, por que não bater um papo rápido sobre algo que interessa à moçada? Aberto o espaço, os jovens baixam a guarda e percebem que para tudo tem hora.", eu me questiono: esta pessoa já experimentou esse recurso?.
A fonte do desinteresse, como está sendo amplamente debatido neste fórum, é muito mais profunda.
Abçs, Silvia Bonini
Concordo quando o artigo fala que os alunos só se interessam pelo diploma; é assim que os alunos do noturno pensam. Posteriormente se arrependem de não ter aproveitado mais as aulas e também ter desperdiçado a oportunidade de participar dos cursos do Pronatec. Já os alunos do diurno possuem muitas distrações interessantes que fazem com que percam o interesse nas aulas. O laboratório de informática pode ajudar bastante, no entanto, o interesse dos nossos alunos pela internet se resume ao facebook. Um dos pontos citados em um dos artigos que pode ajudar a despertar o interesse é o bate papo antes do início da aula, funciona com os alunos do ensino médio, não sei quantos aos do fundamental. Utilizo a problematização para fazer o link do conteúdo com a realidade do aluno. Aprendi essa técnica nos treinamentos que recebi para dar aulas no curso Autonomia e ela funciona bem. Precisei repensar toda a minha prática pedagógica para utilizar a mesma, mas valeu a pena. Pode até ser que os alunos não retenham completamente a matéria ensinada, mas consigo a atenção e participação dos mesmo nas aulas, o que certamente desenvolve habilidades que os alunos necessitam, tais como: questionar, ter voz, refletir sobre o conteúdo, sentir que a aula é importante, etc. O desinteresse da família também é um entrave no processo ensino-aprendizagem. Os pais até falam sobre valores, mas os exemplos que dão aos filhos é discordante da mensagem que tentam passar. Estive pensando numa forma de aproximarmos mais os pais do processo educativo dos filhos. Sugiro que façamos uma gincana com os pais onde o vencedor ou vencedores seriam os pais que mais soubessem da vida escolar dos filhos. Poderíamos organizar perguntas sobre o nome dos professores, das matérias que os alunos estudam, das notas que os alunos tiraram, da observação do material escolar do aluno, enfim, perguntas que fariam que os responsáveis refletissem o quanto eles realmente estão interessados pelo progresso escolar dos filhos. Profª Tereza
ResponderExcluirMuitos alunos não gostam de ler e escrever por acharem muito cansativo, por isso não me surpreendeu o fato de que a pior avaliação foi para literatura, a maioria prefere atividades práticas, mas a compreensão destas atividades levam a leitura e a interpretação das mesmas para que sejam realizadas, concordo que a escola deve se aproximar do universo do aluno, mas deve ser oferecida a escola uma estrutura mínima de condições de trabalho voltadas para as seguintes questões:acompanhamento sistemátco do desenolvimento da aprendizagem por parte dos responsáveis e não somente a preocupação em ter o filho na escola.Por parte do governo equipar a escola como ela precisa, não só de laboratórios ou espaços criados para este fim,mas com toda uma estrutura física, pedagógica com funcionários suficientes para atender a demanda da mesma, aí sim talvez tenhamos um ensino melhor!Marcia Ensino Religioso.
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ExcluirLi os artigos e achei muito oportuno que este seja o primeiro assunto abordado aqui neste espaço. A Revista Escola aponta fatores psicológicos e hormonais para justificar muitas das ações comportamentais dos adolescentes. Isto é até compreensível, mas altamente discutível. Estamos passando por um período pelo qual o desrespeito de muitos desses adolescentes com o espaço escolar e com o nosso trabalho está atingindo o seu "nível máximo". Está cada vez mais difícil entrar dentro de uma sala de aula para lecionar. O estudante tem que entender que o ambiente escolar é um espaço de crescimento e enriquecimento pessoal. Para isso, é necessário a família estar mais próxima da escola, visando à melhora deste jovem. Não podemos trabalhar sozinhos. As propostas colocadas em práticas e os discursos serão muito mais difíceis de atingir/ modificar esse adolescente se ele de fato não quiser. O processo é interno. Ou seja, ele tem que almejar a mudança para que a sua construção pessoal, mesmo que esteja exposto a fatores externos negativos, seja realizada.
ResponderExcluirProfª Claudia Flores
A adolescência sempre foi uma fase difícil, todos nós fomos adolescentes e passamos por isso. Mas acredito que o maior problema dos nossos alunos é a falta de limites. A maioria dos jovens não são educados em casa , restando à escola a incumbência desse papel . Esta não tem respaldo da sociedade para cumprir tal função.
ResponderExcluirEstá mais do que provado que há muitos fatores responsáveis pelo desinteresse dos alunos em relação aos conteúdos ensinados na escola. O que não falta é teoria para tentar explicar as razões pelas quais nossos alunos não encontram motivação nos estudos. Infelizmente, o teor das discussões é sempre o mesmo: o de apontar culpados pelo desinteresse e pelos maus resultados na escola. O esforço para que tenhamos uma educação de qualidade e atrativa para os nossos alunos deve ser coletivo. Não há mais como as famílias, os alunos, a escola (em sua totalidade), a sociedade e as autoridades do nosso país continuarem fugindo das responsabilidades que lhes cabem. Ao assistirmos os noticiários diariamente, percebemos que estamos pagando um alto preço pela falta de educação, de interesse, de perspectiva dos nossos jovens. A teoria é muito bonita, mas a nossa realidade dentro da sala de aula é muito dura e cruel tanto para alunos quanto para professores. Como já foi dito em um comentário postado, não há solução mágica para resolver o problema do desinteresse dos alunos. Na minha concepção, por mais que haja um trabalho de conscientização por parte da escola e da família, o interesse pelos estudos depende, sobretudo, do querer, da vontade dos alunos. Nunca houve tantas oportunidades de ingresso nas universidades, vagas em cursos técnicos, de extensão, preparatórios, em programas de estágios e empregos como agora. Está na hora de tratarmos o aluno como um dos responsáveis pela própria história, mostrando que ele é sim plenamente capaz de conquistar um bom emprego e uma vaga na universidade com seu esforço. Para isso, o aluno precisa de condições de estudo, recursos, infraestrutura na escola, apoio e também ser acompanhado não só pela escola, mas principalmente pelos pais.
ExcluirObservando o que foi escrito na revista nova escola, acho que o maior desafio é fazer com que os responsáveis dos alunos acompanhem os estudos dos alunos, observando o caderno, verificando se o professor passou alguma atividade de pesquisa ou trabalho de casa para a próxima aula. Acredito ser extremamente importante a participação dos responsáveis para que o aluno adquira conhecimento.
ResponderExcluirO texto só apresenta argumentos para o professor melhorar a forma de o aluno assimilar o conhecimento, mas reserva um pequeno trecho para falar sobre a vida familiar (Observe a opinião dada por Tania Saade)
Professor: Pedro,
"Este cenário deixa claro que a escola precisa se aproximar da realidade dos alunos, entender as suas expectativas e anseios e envolve-los nas questões escolares de forma a adequar melhor os projetos pedagógicos às necessidades". Conhecer os anseios e expectativas dos nossos alunos é de grande importância para poder ajudá-lo, principalmente quando se descobre que a grande maioria não tem nenhum anseio. Já fiz um levantamento com uma turma de 3º ano do EM e fiquei chocada ao saber que apenas dois alunos tinham alguma ambição acadêmica. Nenhum outro tinha o desejo de uma faculdade ou curso técnico, ou seja, eles não viam nenhum futuro à frente. Diziam sempre que não fariam nada e era nada mesmo. Mostrar o mundo a eles e as opções que existem é meu maior desafio acadêmico, maior do que lidar com alunos de Ensino Médio que não sabem a regra de sinais. Eles não vêem utilidade na escola pq não percebem a escola como uma ferramenta para algo, estão lá apenas por estar. Claro que temos exceções, mas são apenas isso, exceções. Fiz um trabalho sobre profissões com uma turma e fui perguntando o que cada um gostaria de ser, uma das alunas disse "Pediatra" e eu comente que ela teria que estudar muito, pois vestibular para medicina era muito concorrido. Ela me corrigiu dizendo "Não quero ser médica, quero ser pediatra". Ou seja, ela não tinha menos ideia do que era aquilo. O trabalho seguiu um rumo totalmente diferente do que havia previsto, mas foi super válido.
ResponderExcluirSegundo o autor, uma das alternativas para combater o desinteresse é trazer o assunto no contexto da realidade do aluno, trabalhar conteúdos com o auxílio de recursos tecnológicos. Recursos esses que a maioria dos alunos tem na palma de suas mãos, mas que não são usadas da maneira correta.Uma maneira divertida e educativa é a utilização do celular para pesquisas em trabalhos na sala de aula, o que ao meu ver deu certo, todos entregaram os trabalhos e participaram da atividade proposta.Agora,a participação dos responsáveis é de imprescindível para lograrmos êxito.
ResponderExcluirEu considero a matéria da revista Nova Escola mais interessante do que a do Correio Braziliense. Este último, no meu entendimento, faz uma matéria que caminha muito mais no sentido de responsabilizar escola e professor pelo desinteresse dos alunos no Ensino Médio. Eu penso diferente. Primeiro que eu acho que esse "desinteresse" é relativo. O desinteresse não é no Ensino Médio, mas no modelo de escola que opera este nível de ensino. Além disso, segundo o site, pesquisas apontam que alunos não veem algumas disciplinas como úteis! E essa visão das disciplinas como "úteis" eu considero algo muito prejudicial. O conhecimento não tem que ter um fim utilitário. Ele não é uma chave-de-fenda, uma enxada, uma caneta. O conhecimento não tem que "servir" para um fim. Ele é o fim! Ele é o objetivo. A escola deveria apostar no conhecimento em si e não tentar fazer com que o conhecimento "sirva" para alguma coisa, porque enquanto esse pensamento continuar, a gente só vai viver de frustração. Quando nós utilizamos nossos conhecimentos para algo, isto tem a ver com a nossa demanda atual. A gente não aprendeu (no passado) com a intenção de fazer o que fazemos hoje. Quando fizemos com essa intenção, em dois meses esquecemos o que aprendemos. Então não aprendemos de verdade. Mas quando a gente busca conhecer porque o que nos interessa é isso, conhecer, o conhecimento deixa de ser passageiro, utilitarista, e se torna concreto em nossas vidas. E quando ele está instaurado, a gente faz dele o que quiser. E se quiser. Porque, por exemplo, eu adoro estudar tópicos de astronomia. É algo que eu curto, não sei explicar. Não tem um "porquê". Eu gosto de conhecer leis da física, acho que isso é importante para eu me situar no mundo, mas esse conhecimento não é utilitário. E justamente porque ele não tem que "servir" para alguma coisa é que eu aprendi. Vou dar um exemplo contrário: as regras da Língua Portuguesa. Que saco aprender aquelas regras gramaticais! Pra quê? Tive que decorar listas e mais listas pra... pra nada! Eu não uso uma regra sequer daquelas. Em compensação, sempre li desde muito cedo. E aprendi a escrever. E acabo cumprindo as regras. Eu raramente erro o uso da crase, mas vai me perguntar qual regra eu usei! Eu não sei, só sei que é assim ou que não é assado. Aprendi não porque decorei regras para utilizar depois, aprendi porque entrei em contato com um conhecimento do qual eu gostava, sem que houvesse necessariamente uma finalidade prática nele. Eu li "O Cortiço" porque a história era bacana, e não porque ia cair na prova. Até caiu na prova, mas não me lembro de uma questão sequer da prova. Mas eu me lembro da história de "O Cortiço".
ResponderExcluir
ResponderExcluirÉ muito comum os alunos me perguntarem, por exemplo, pra quê serve a História (disciplina que leciono). E minha resposta é simples: a História não tem que servir para alguma coisa! É alguma coisa que tem que servir pra História! Por exemplo: os álbuns de fotografia de família. Isso serve pra História? Isso é útil pra gente estudar História? Sim, isso serve pra História! Então vamos estudar os álbuns de família! Se eu tentar encontrar uma razão pra criatura estudar História, eu vou me frustrar. Alguém pode dizer: você estuda História pra se tornar cidadão, se tornar crítico, se tornar consciente. E eu respondo: e quem não estuda História não pode ser tudo isso? E eu acho que com as outras disciplinas o caminho não deve ser diferente. Pra quê estudar matemática? Ciências? Inglês? Se a gente apresenta um motivo pro aluno, pra aluna, estamos lascados. Ninguém motiva ninguém. Somente o/a aluno/a pode ter motivos pra estudar. Não posso dar esses motivos pra ele ou ela. Ele ou ela precisa ter as próprias motivações. Mas eu posso inspirá-los, isso eu posso. Posso apresentar situações que estão relacionadas ao ensino de geografia, de língua portuguesa, de artes. Posso ajudar essa garotada a gostar do conhecimento em si. Sejamos sinceros: esse povo aprende a mexer no celular, a operar coisas complicadíssimas que minha avó jamais faria! E eles simplesmente se interessam por essa tecnologia. Não é porque o professor de informática falou que "você precisa aprender informática para enviar e-mail". Gente, eles nem sabem o que é e-mail! Eles gostam de celular, de música, de facebook. Simplesmente gostam! Na minha modesta opinião, o grande desafio da escola é despertar nessa garotada o gosto pelo conhecimento. E não por aquilo para o qual o conhecimento será útil. Antes de mostrar para quê serve a química, que a própria química seja razão de encantamento. Lembro-me de um brinquedo que eu tinha quando criança, um "laboratório" infantil. Tinha uns líquidos que podiam ser misturados e que faziam determinadas reações químicas. Um deles era o "sangue do diabo" que, quando jogávamos na roupa das pessoas, deixava a roupa vermelha feito sangue. E depois o efeito sumia, mas as pessoas ficavam fulas da vida com medo de manchar a roupa. Nunca mais me esqueci do "sangue-do-diabo". Pra quê serviu o meu brinquedo? Tecnicamente, pra nada. Mas fez a minha vida e a minha infância muito mais felizes. E é por isso que a matéria da Nova Escola me seduziu mais, porque está focada na felicidade da criança e do adolescente. Trazendo matérias que abordam a ludicidade, o prazer, a diversão, a reportagem está muito mais preocupada com as formas como chegar no universo dessa garotada que a outra reportagem, do Correio Braziliense. Além disso, também se preocupa com a felicidade do professor na medida em que oferece subsídios para que esse profissional não se frustre em suas aulas e não alimente conflitos infrutíferos com essa garotada.
Acho que é isso, já falei demais. Espero que tenha ajudado.
Prof. Leandro Rosetti
História
“Para fazer das aulas algo que instigasse seus alunos da 6ª série, Carvalho recebeu o jogo Super Trunfo com entusiasmo em sala. Na brincadeira, vence quem tem as cartas com carros mais potentes ou velozes. Com base no conteúdo estudado, a meninada bolou o Super Trunfo Animal. Os alunos pesquisaram vertebrados e invertebrados e levantaram uma série de características de diversos bichos. Eles criaram os critérios de pontuação, que variaram conforme a sala.”
ResponderExcluirSei exatamente porque eles se comportam dessa maneira, e uma boa forma de lidar com isso é tornar a aula mais interessante. Eu sempre fiz pratica de química na minha aula, só que foi tirado essa hora de planejamento.
A ciência explica os motivos pelos quais os alunos têm desinteresse pela escola. É impressionante como a cada dia que passa, temo-nos deparado com pesquisas que buscam respostas para o total desinteresse e falta de compromisso do alunado e das famílias para com a escola.
ResponderExcluirAcredito que o problema ultrapassa os limites das sinapses que o cérebro dessa garotada faz ao longo desse período. A ciência pode sim, explicar e desmistificar muita coisa, mas a ciência, na minha opinião ainda não conseguiu explicar a ausência da família no contexto escolar e nas relações de ensino-aprendizagem.
Por mais que tentemos nos encaixar no universo dos nossos jovens, como apontam as pesquisas nos quais a revista Nova Escola se baseia, ainda reafirmo que no que essas crianças precisam da instituição família como base para sua educação. A escola não pode combater sozinha a falta de respeito e de desinteresse dos seus alunos se essa parceria não for minimamente estabelecida.
Aulas que agreguem maior relação com o cotidiano do aluno, bem como aulas práticas que os motivem a entender a relação da escola com o seu dia-a-dia serão muito bem-vindas desde que o professor tenha condições de realizar as mesmas. Nos falta tanto insumos quanto espaço físico para trabalhar com tais atividades, o que nos limita a desempenhar uma aula que foge aos padrões tradicionais.
Enfim, o que me entristece é saber que, nesse contexto, as duas matérias abordaram questões relacionadas aos problemas dos alunos e a melhor forma de o professor saná-las. Quando vão se preocupar em fazer pesquisas com quem realmente se encontra dentro de sala de aula, dia após dia tendo que lidar com os mais diversos problemas e entraves do cotidiano escolar e das relações professor-aluno? Aqui deixo o meu questionamento e quem sabe um próximo debate na próxima postagem do blog.
Um grande abraço a tod@s.
Profª. Janaina Toscano - Ciências.
E como quase tudo na minha vida, li os textos com outros olhos e cheguei a algumas conclusões um pouco diferente dos demais colegas. Não que eu não concorde com o que já foi dito, mas acho que existem mais coisas para se explorar em todo esse contexto.
ResponderExcluirGostei dos dois artigos mas discordo deles em alguns pontos. Concordo que a adolescência é uma fase de reestruturação, e como o próprio texto diz "tudo que é aprendido nessa fase, fica para a vida toda", porém devemos levar em conta não só essa reestruturação do adolescente, mas também o momento que estamos vivendo.
Vivemos, hoje em dia, na era das facilidades e do imediatismo, o que nos ajudou/ajuda em muitos pontos e nos derrubou/derruba em tantos outros, como a educação.
Como tudo hoje em dia é feito para que tenhamos o mínimo de trabalho para realizar/solucionar algumas atividades e embates, a "arte" do pensar acabou sendo deixada de lado.
Os alunos tem preguiça de pensar pois não estão acostumados a isso... Aproximando esse pensamento ao cotidiano do aluno (como o texto nos sugere que façamos), temos, por exemplo, os jogos de vídeo game. Há uns 10 anos, nos jogos você era obrigado a descobrir sozinho (e pensando muito) como resolver determinado dilema, ou simplesmente como passar a fase. Hoje, todos os jogos vem com dicas ao longo das fases te dizendo exatamente o que você precisa fazer para passar e terminar o jogo.
E não é só nos jogos que vemos isso, com a própria internet você pode ter o trabalho mais fabuloso do mundo, com apenas alguns cliques e control c´s e v´s, sem se dar o trabalho de revisar para saber se está coerente ou não.
Então, minha maior dificuldade em sala de aula é fazerem eles pensarem o porque de uma proteína ser tão importante e necessária pro organismo deles.
Outro ponto que vejo ser falho também, por conta de todo avanço que nossa sociedade vive, é a "antiguidade" dos conteúdos. A sociedade evoluiu mas os conteúdos continuam os mesmos de muitas décadas atrás. Não estou dizendo que não é importante conhecer afundo determinados temas, mas acho que os mesmos deveriam ser modernizados e levados a tópicos mais atuais. Por exemplo, acho um tanto quanto desnecessário você saber todos os detalhes do surgimento do universo e dos planetas, sendo que poderíamos abordar praticamente a mesma coisa falando sobre a evolução do mundo, entendendo que estamos em constantes mudanças e que daqui a 5 minutos, o local que você está sentado, já está completamente diferente e que isso influencia a forma como "gerenciamos o mundo que vivemos". Entenderam o que eu quis dizer?!
Acredito que uma modernização dos tópicos a serem abordados em sala de aula e uma dinamização na forma de passar esse conteúdos sejam pra mim os pontos chaves para conseguirmos cativar nossos alunos. E claro, uma maior integração dos pais em todo esse processo.
Sou uma viciada em tecnologia e quero muito usar isso a meu favor e a favor dos alunos, mas no ritmo que estamos ainda é algo bem difícil!
Desculpem o longo texto mas acho que me fiz entender!
Bjs
Profª Shanna - Biologia
"Segundo os especialistas, aproximar a escola do universo dos alunos seria o maior desafio. O jovem estudante deve ser ao mesmo tempo sujeito e objeto da ação de seu desenvolvimento... Outra dica é diversificar os modelos de formação ou flexibilizar os currículos para atender a demanda dos diversos projetos de vida dos alunos. Além disso, as atividades escolares devem ser mais variadas. A didática aplicada pode ser mais dinâmica e as aulas mais práticas. Fóruns e discussões em sala de aula e trabalhos em grupo são boas alternativas, sugere a pesquisa."
ResponderExcluirRealmente seria muito bom se nós, professores da rede estadual do RJ, tivéssemos a liberdade para abordar nossas disciplinas de maneira diferenciada, aproximando do cotidiano dos alunos. Tal liberdade até existe na teoria (nos discursos dos governantes, dos secretários de educação e de alguns diretores) mas na prática ela está longe de existir. Afinal, como vou flexibilizar os currículos para atender a demanda dos diversos projetos de vida dos alunos (como sugerido na matéria do Correio Braziliense) se sou obrigada a seguir um currículo mínimo (que de mínimo só tem o nome) e no final de todo bimestre tenho que marcar no Conexão Educação todos os conteúdos lecionados? Nosso trabalho é engessado. Tenho certeza que se nós, professores, tivéssemos a liberdade de abordar nossas disciplinas de acordo com as dificuldades e carências dos alunos eles se interessariam muito mais pela escola e pelo professor e não haveria tanta evasão escolar.
Penso que são muitos os fatores que prejudicam no processo de aprendizagem. Cada caso deve ser avaliado particularmente, mas creio que a estrutura familiar é um dos pontos mais críticos hoje em dia. Nem todos os alunos pertencem à família. Normalmente, encontram-se em situações diversas: os pais estão separados e o aluno vive com algum parente, etc. Muitas vezes, reflete negativamente na aprendizagem, não oferecendo à criança ou ao adolescente um mínimo de recursos materiais, amor, paciência e a falta de diálogo prejudica e muito neste processo tão importante que definirá valores e conceitos a esses futuros jovens. Mediante a esses questionamentos, nós professores encontramos não somente esses obstáculos, porém outros onde enfrentamos um embate direto entre professor X aluno.
ResponderExcluirDeixamos de ser professor e passamos a ser: pai, mãe, psicólogo entre outras coisas mais. Não podemos combater sozinhos a falta de respeito e de interesse dos alunos. Existe uma inversão de papéis totalmente fora de lógica, a parceria deve existir de ambas as partes e não somente “a escola ser cobrada” e até pior: “ nós” sermos cobrados de uma forma impecável que o aluno tenha total interesse pelos estudos.
* desinteresse
ExcluirA leitura dos textos é bastante oportuna. Acredito que a indisciplina e a falta de interesse sejam motivos de muita angústia para nós, educadores. Vários fatores interferem no processo de aprendizagem. Mas a participação da família na vida escolar do aluno é fundamental. E observo que os pais estão cada vez mais distantes de seus filhos. Quantas vezes, na tentativa de solucionar algum problema ocorrido na sala de aula, convocamos responsáveis que não compareceram à escola? E aqueles que sequer sabem o ano que seus filhos estão cursando? Esses pais talvez só compareçam ao colégio no fim do ano letivo ao constatarem que seus filhos foram reprovados. Resta a nós, professores, criarmos estratégias para driblar tantos obstáculos que nos são impostos para realizarmos de forma digna nosso trabalho.
ResponderExcluirAs reações típicas da adolescência (desinteresse, agressividade, arrogância, rebeldia e resistência), citadas no artigo da revista Nova Escola, são vivenciadas por nós todos os dias. O artigo afirma que esse comportamento estranho por parte dos adolescentes tem explicação neurológica. Acredito sim que a adolescência é uma fase difícil, de grandes transformações e que deixa marcas por toda nossa vida, mas acredito também que o problema de comportamento dos nossos alunos está intimamente ligado à base familiar.
ResponderExcluirTurmas lotadas, falta de respeito ao próximo, falta de interesse dos pais pela vida escolar dos filhos, vandalismo com o mobiliário da escola, enfim, são tantas as questões que afligem o cotidiano de uma escola... Falta-lhes tudo, sobretudo afeto.
O que resta ao professor? Como lidar com todas essas mazelas com 40 alunos por sala. A verdade é que nos colocam em sala de aula com um giz na mão e a incumbência de sermos os redentores da educação. Não! Não somos redentores, nunca seremos.
Aline Guedes
Os dois textos abordam assuntos que fazem parte da nossa realidade .O primeiro retratando a falta de interesse dos alunos pela escola e o segundo sobre os fatores psicológicos e hormonais dos adolescentes para justificar as suas mudanças comportamentais. É fato que o desinteresse dos jovens pela escola , pelos conteúdos está cada vez mais forte no nosso dia a dia. Mas isso não se repassa apenas as aulas aprese ntadas pelo professor. O aluno já vem desmotivado de casa, pois na maioria das vezes , não existe na família desse aluno uma parceria de envolvimento com o seu futuro, com o que deseja para a sua vida. E em consequência a parceria que deveria continuar com essa família e a escola se anula. Sei que precisamos mudar e nos envolvermos mais, mas com essa estrutura que nos apresentam fica difícil.
ResponderExcluirProf: Sonia
No que diz respeito ao trecho do correio braziliense "mesmo que não considerem o conteúdo das aulas relevantes par a vida, acreditam que o certificado do ensino médio garante mais chances no mercado de trabalho" eu concordo, pois presenciamos isso diariamente em sala de aula, onde a presença do professor se torna visivelmente dispensável...
ResponderExcluirÉ lamentável que isso ocorra, mas infelizmente o uso da tecnologia que neste mesmo texto é cobrado, está vindo de encontro ao príncipio escolar básico, que é a transferęncia de conhecimento do professor para o aluno, e eu particularmente associo isso a ausência da família neste processo de formação, pois pararelo a isso temos no texto da revista escola trechos de um incoerente exagero quando se coloca que "conexões neuronais se desfazem para que surjam novas", como uma das possíveis justificativas para a falta de interesse escolar!
Como se todos nós não tivéssemos enfrentado este processo, tanto escolar quanto neuronal, e nem por isso tivemos tais atitudes na adolescência.
Resumidamente , por mais que se respeite a individualidade biológica de cada ser, certas atitudes são sim falta de educação, falta de foco, falta de objetivo, e que sempre acaba recaindo sobre o professor toda e qualquer responsabilidade deste processo quando na verdade o professor só é capaz de construir algo sólido e, duradouro quando existe um bom alicerce, caso contrário desmoronará, e isso deve partir da família e desde o primeiro contato deste com a escola, e não esperar que o milagre da "paixão pela escola" ocorra no ensino médio. Profa. Cristiene Marques
"A primeira "lição" para quem trabalha com adolescentes é não tomar para o lado pessoal qualquer tipo de afronta vinda de um aluno. Responder a uma provocação no mesmo tom só faz você perder o respeito e a admiração do grupo — o que dificulta o trabalho em classe. Além disso, ao perceber que tirou o professor do sério, o jovem se sente vitorioso e estimulado a repetir a dose." Esse trecho do artigo me chamou muita atenção porque esse assunto tem sido muito falado hoje em dia. Há muitos casos de agressão acontecendo dentro das nossas escolas, todos os dia professores são agredidos por alunos, o medo vem aumentando dentro desse ambiente que deveria ser de muita harmonia, carinho e respeito.Não vejo um culpado diante dessa situação, essas crianças e adolescentes convivem diariamente com a violência verbal e física dentro de suas próprias casas. O professor, por sua vez, vive cansado por trabalhar em várias escolas, em salas de aulas lotadas, carrega um mundo de problemas em suas costas, acaba por vezes descarregando sua indignação em seus alunos. Precisamos exercer mais a troca de carinho e de admiração entre professores e alunos, tentando mostrar que a escola é um lugar onde se adquire não só conhecimento, mas também carinho, parceria, amizades e respeito ao próximo.
ResponderExcluirAmanda Melo
A leitura me chamou atenção para alguns os trechos. Para não me alongar muito, destaco os dois abaixo:
ResponderExcluir“O estudo revelou que os jovens não percebem utilidade no conteúdo das aulas. As disciplinas de língua portuguesa e matemática são consideradas as mais úteis por, respectivamente, 78,8% e 77,6% dos alunos. Já geografia, história, biologia e física são consideradas descartáveis para 36% dos entrevistados”.
“Os estudantes desejam atividades mais práticas e alegam que exemplos do cotidiano usados em sala de aula facilitariam o aprendizado. Mesmo que não considerem o conteúdo das aulas relevantes para a vida, os jovens acreditam que o certificado do ensino médio garante mais chances no mercado de trabalho”.
Eles mostram total sintonia com o mundo contemporâneo, a típica “modernidade líquida” desenvolvida por Bauman (2001), onde tudo é fluído e rápido. Isso vale para relações afetivas, sexuais, amizades, trabalho e, como não poderia deixar de ser: a escola e seus morosos e malditos conteúdos. Malditos porque não coadunam com a visão predominante do mundo contemporâneo, que é utilitarista ao extremo. Se o conteúdo não serve para “ganhar dinheiro logo” e com o mínimo esforço, não serve para nada. Morosos e entediantes porque precisam de anos de aprendizado e o mundo da fluidez não acomoda isso, pois tudo precisa ser rápido e útil. Português e matemática são úteis porque mesmo contra a nossa vontade, precisamos nos comunicar e contar as coisas, além dessas duas matérias caírem em quase todos os concursos. Fora este esquema, o ensino médio é visto apenas como útil porque o mercado, na maioria dos casos, o exige. Diante disso, está o professor que no meio de uma visão predominante de que a educação não serve para muita coisa, ele é colocado como uns dos principais culpados da desmotivação dos alunos e da falta de atratividade da escola. Com isso, o professor é incitado a ser “mais atrativo”, “mais competente e determinado” e, em alguns casos até rebolar e se comportar como se fosse um palhaço. Tudo isso em nome da atratividade que está além do seu alcance, pois estamos diante de um problema de visão de mundo, uma visão que pouco atenta e em nada valoriza aquilo que não é imediato. Pequenos e circunscritos exemplos de êxito do professor são utilizados para justificar o nosso fracasso e nos tachar de incompetentes. Muito se fala desse caráter subjetivo, onde a culpa é em grande medida do incompetente professor. Enquanto isso, os teóricos e os dirigentes em todos os escalões ditam soluções diretamente de suas salas e gabinetes ao mesmo tempo em que se omitem de cumprir o seu inescapável papel de garantir as condições objetivas da ação educativa.
Att,
Alexandre Alves
O desafio de educar sempre existiu, só que hoje disputamos atenção com os celulares em sala de aula, o que era difícil tornou-se ainda pior .Ainda me considero muito inexperiente em sala, venho ao longo de dois anos, tentando compreender melhor o que se passa na cabeça de nossos alunos.O desinteresse é perceptível , principalmente em matemática, que apesar de ser considerada pela pesquisa uma das disciplinas mais úteis, sempre me deparo com questionamentos sobre o conteúdo dado. Concordo que " aproximar a escola do universo dos alunos seria o maior desafio", visto que, são universos que precisam de uma atenção especial para que venham se completar
ResponderExcluirNo texto Adolescentes - Entender a cabeça dessa turma é a chave para obter um bom aprendizado, destaco o trecho "Trabalhar dessa maneira conhecendo bem o aluno, fazendo pontes constantes entre o mundo jovem e a matéria a ser dada e driblando o comportamento agitado da turma requer comprometimento, planejamento apurado e alto grau de paciência.”, acredito que em conjunto com essas ações do professor seja necessário uma parceria entre escola e família para que tenhamos um resultado positivo com os alunos.
ResponderExcluirO acompanhamento e a participação efetiva dos pais ou responsáveis é extremamente importante para que se obtenha um resultado satisfatório no desenvolvimento escolar do aluno. A família precisa assumir o seu papel na educação dos seus filhos e simplesmente deixar que a escola cumpra a parte dela.
Profª Joyce
O desinteresse do jovem pela escola passa por várias questões, mas a estrutura familiar é, sem sombra de dúvidas, uma das mais importantes. Lidamos com alunos cujas famílias não têm a educação como valor. Trabalhar educação com um público que não a tem como valor é muito complicado.
ResponderExcluirO estímulo não é tarefa única e exclusiva do educador. Os pais têm um papel relevante nesse tema, no sentido de cobrar de seus filhos um bom desempenho escolar, de acompanhá los durante a vida estudantil, de estimular a leitura etc.
É claro que o professor tem e dever ter como atribuição envolver o aluno no ambiente escolar, fazendo deste espaço um local de aprendizagem prazerosa, mas acredito que essa atribuição depende necessariamente da ação dos pais desses alunos. A escola tem que antes de educar os alunos, educar os pais desses alunos.
Sabemos que para uma educação de qualidade deveríamos conhecer as problemáticas de cada aluno, porém sabemos também que isso é um tanto quanto utópico. Portanto acho que reconhecê-los como pessoas e não como números (ou massa) já é o primeiro passo para conseguirmos alcançar algum sucesso no processo ensino-aprendizagem.
ResponderExcluirGostaria de destacar a fala de Regina Scarpa, da Fundação Victor Civita, quando diz que o modelo de ensino oferecido pelas escolas é inadequado. Concordo com ela, afinal estamos no século XXI e a tecnologia está por toda parte. Porém, quando olhamos a estrutura da maioria das escolas do país, vemos que a realidade está bem distante do ideal. Com raras exceções, as escolas não são projetadas para atender às necessidades de uma educação de qualidade. Muitas vezes os espaços escolares foram adaptados e não contam com um laboratório, seja ele de ciência ou informática, uma biblioteca decente, uma quadra de esporte ou uma sala multimídia. E quando esses espaços existem são tão pequenos, que é preciso fracionar as turmas para tornar seu uso possível. Então, cabe ao professor se "virar nos trinta" para dar conta das demandas, ser criativo e fazer milagre!
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